PF pede inclusão de Mauro Cid e família em programa de proteção a testemunhas

 

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Pedido foi enviado a Alexandre de Moraes, que aguarda manifestação da PGR antes de decidir. Delator cumpre pena em regime aberto por participação na trama golpista. A Polícia Federal sugeriu incluir o delator, o tenente-coronel Mauro Cid, e familiares dele no Programa Federal de Assistência à Vítimas e Testemunhas Ameaçadas, que é uma espécie de proteção para garantir a segurança e a integridade física e psicológica de quem colaborou com investigações ou processos criminais.

A PF, contudo, não detalhou se o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a receber alguma ameaça.

O ministro relator, Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou o pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR), que vai se manifestar em um prazo de cinco dias. Só depois disso é que Moraes vai decidir.

Cid foi o único dos oito réus do núcleo crucial da trama golpista que recebeu pena menor em razão dos acordos de delação premiada. Ele foi condenado a dois anos de prisão, em regime aberto, mas vai precisar cumprir algumas medidas: está proibido de deixar o país, precisa ficar em casa no período da noite, entre 20h e 6h, além de não poder usar redes sociais e de se comunicar com outros condenados e investigados na trama golpista.

Moraes, contudo, determinou "a devolução dos bens de Cid que foram apreendidos e a manutenção da segurança dele e dos familiares". O ministro também determinou que seja levantado por quanto tempo Mauro Cid ficou preso de forma provisória para que esse período seja abatido da pena.