Tarcísio diz que vai atuar para levar projeto de anistia ao Congresso

 

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A declaração foi dada poucas horas após Jair Bolsonaro começar a cumprir a pena em regime fechado, na Polícia Federal de Brasília. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que vai atuar para que o projeto de anistia seja pautado e votado no Congresso Nacional.

A declaração foi dada poucas horas após Jair Bolsonaro começar a cumprir a pena em regime fechado, na Polícia Federal de Brasília.

Na manhã desta terça-feira (25), o senador Flávio Bolsonaro falou que o pai fez um pedido “direto” aos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, para pautarem a anistia.

Tarcísio já havia se envolvido em negociações semelhantes em setembro, mas recuou após criticar ministros do Supremo em uma estratégia para “acalmar os ânimos”.

Agora, disse que não está preocupado com o desgaste político que a articulação pode causar, especialmente em relação às eleições de 2026:

"Eu sempre defendi a anistia e o que eu puder fazer para que a anistia seja aprovada, eu vou fazer. Vou trabalhar para que a anistia seja pautada e para que possa ser aprovada, não estou preocupado com o desgaste. Acho que o presidente nem está com a cabeça nisso, mas tem um grupo de pessoas aqui fora que está preocupado com isso."

Para Tarcísio de Freitas, a tentativa de quebra da tornozeleira eletrônica por parte do ex-presidente foi resultado de um momento de oscilação emocional e estresse, provocado pelas condições de saúde e pelo ambiente de pressão do processo judicial.

O governador afirmou que a medida não fazia sentido, já que Bolsonaro já estava “em cárcere dentro de casa”:

"Qual a necessidade de ter uma tornozeleira? Se eu tenho uma escolta e uma vigilância 24 horas por dia lá. Uma pessoa que vem convivendo com soluços intermináveis, perde a qualidade de sono, toma remédios e aí você tem a interação medicamentosa. Uma pessoa que acaba tendo essas oscilações de consciência. Foi um momento de oscilação, um momento de uma pessoa que está fora de si, passando por um momento de extremo estresse. E acabou mexendo na tornozeleira, que não tinha necessidade nenhuma. Como é que ele vai fugir de casa? Não vai fugir."

Tarcísio confirmou que acionou ministros do Supremo em prol de Bolsonaro, para que a pena do ex-presidente seja cumprida em regime domiciliar por razões de saúde.

O governador citou a idade de Bolsonaro, as complicações decorrentes da facada de 2018 e a necessidade de cuidados médicos.

Questionado sobre os efeitos da prisão de Bolsonaro no cenário eleitoral, Tarcísio voltou a dizer que a eleição ainda está distante e reiterou que é candidato à reeleição em São Paulo.