Tarcísio de Freitas aproxima equipe de marqueteiro para afinar estratégia de 2026

 

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Governador, vice e secretário de Segurança já conversam com Pablo Nobel, cotado para comandar a comunicação da pré-campanha. A pré-campanha de Tarcísio de Freitas para 2026 avança em várias frentes dentro da direita, e três nomes centrais do grupo — o próprio governador, o vice Felício Ramuth e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, já estão em conversas com Pablo Nobel, marqueteiro que deve assumir o comando da comunicação política do projeto para as próximas eleições.

A ideia, segundo aliados, é unificar discurso e estratégia em um mesmo eixo: Tarcísio à Presidência, Ramuth ao governo paulista e Derrite ao Senado.

Em um cenário em que Tarcísio concorra ao Planalto, o nome de Ramuth é hoje o mais citado dentro da base aliada para disputar o governo de São Paulo. Lideranças partidárias e articuladores estaduais afirmam que as conversas estão avançadas e que há um consenso crescente sobre a candidatura do vice. Um dos desafios, porém, será torná-lo mais conhecido do eleitorado, especialmente fora da Região Metropolitana.

Internamente, porém, fontes ouvidas pela CBN afirmam que o nome originalmente mais cotado não era o de Ramuth, mas o do prefeito Ricardo Nunes.

A hipótese perdeu força por causa do vice-prefeito de São Paulo, coronel Mello Araújo, que tem dado declarações públicas críticas a Tarcísio e à própria gestão municipal, o que, segundo interlocutores, inviabilizaria uma eventual saída de Nunes para concorrer ao governo.

Pessoas influentes na prefeitura afirmam que Nunes não tem condições políticas de deixar a cidade sob o comando do vice. Aliados do governador afirmam que Tarcísio também está incomodado com o cenário.

Nesse contexto, a escolha de um único marqueteiro busca justamente construir uma narrativa integrada, capaz de apresentar uma ala governista alinhada e evitar ruídos internos. As mensagens centrais da campanha já estão sendo testadas e devem reforçar imagem de gestão eficiente, segurança pública e agenda econômica.

A conjuntura nacional também pesou nas articulações. Com a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e novos ataques de Eduardo Bolsonaro a Tarcísio, cresceu dentro da direita a defesa de que Romeu Zema, governador de Minas Gerais, seja o melhor nome para vice em uma eventual chapa presidencial. Zema mantém bom trânsito entre bolsonaristas, é bem avaliado no segundo maior colégio eleitoral do país e poderia ajudar a consolidar um mapa competitivo para Tarcísio em 2026.

Apesar das negociações avançadas e da intensificação das críticas ao governo federal, Tarcísio segue insistindo publicamente no discurso de reeleição.