Satélite da Starlink "tira fino" no espaço e SpaceX culpa chineses; entenda

 

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Um incidente de risco considerado alto ocorreu recentemente na órbita baixa da Terra, com um satélite da rede Starlink, da SpaceX, e um equipamento recém-lançado pela empresa chinesa CAS Space.  6 dicas para melhorar o sinal de internet Wi-Fi em casa Starlink x Amazon Leo: qual internet via satélite será melhor? O evento, registrado na sexta-feira (12) aconteceu em uma região sobre o Oceano Pacífico Oriental, em que os objetos passaram a uma distância de cerca de 200 metros um do outro. Para escala espacial, a distância é mínima considerado a capacidade de desvio de rota dos equipamentos. 🤩 Veja as melhores promoções de hoje no WhatsApp do CT Ofertas Os aparelhos envolvidos incluem o satélite operacional STARLINK-6079 (ID 56120), que orbita a 560 km de altitude, e um dos nove satélites transportados pelo foguete Kinetica-1 (Lijian-1).  -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Esse foguete carregava uma carga mista, composta por seis satélites chineses, dois desenvolvidos em conjunto para clientes dos Emirados Árabes Unidos e Egito, e um satélite educacional do Nepal. SpaceX alega “falta de informações” A SpaceX apontou que a CAS Space não forneceu as informações necessárias para que esse tipo de risco seja propriamente evitado. Afinal, a “quase-colisão” ocorreu cerca de 48 horas após o lançamento dos satélites chineses.  Michael Nicolls, vice-presidente de engenharia da Starlink, utilizou as redes sociais para criticar a ausência de compartilhamento de dados de trajetória: "Até onde sabemos, nenhuma coordenação ou resolução de conflitos com satélites existentes operando no espaço foi realizada [...] a maior parte do risco de operar no espaço hoje vem da falta de coordenação entre os operadores de satélites — isso precisa mudar". Empresas divergem sobre interpretação do "quase acidente" (Imagem: SpaceX/YoutTube) A CAS Space, sediada em Guangzhou, respondeu às acusações afirmando que seguiu rigorosamente os protocolos de lançamento. A empresa argumentou que o incidente ocorreu fora de sua janela direta de controle — ou seja, quando a missão de lançamento já estava concluída.  A companhia adicionou que seus processos alinham a sequência de implantação com sistemas de consciência espacial para evitar colisões: "Valorizamos o uso responsável e o compartilhamento do espaço como prioridade máxima. Situações como essa são a razão pela qual as nações devem trabalhar juntas no espaço, construir seu entendimento comum em vez de segregar nações emergentes", aponta nota oficial.  Ao portal PCMag, o astrônomo e rastreador de satélites Jonathan McDowell classificou a resposta da CAS Space como "razoável". Ele observou que o intervalo de dois dias após o lançamento supera a janela normalmente usada para prever riscos imediatos.  O especialista ainda pontuou que a SpaceX costuma utilizar dados da Força Espacial dos EUA, mas as informações de posicionamento para a nova missão chinesa poderiam não estar disponíveis a tempo.  "O que realmente precisamos é de um sistema internacional de vigilância e coordenação espacial no qual tanto os EUA quanto a China participem, e que considere dados dos operadores imediatamente após o lançamento, além do rastreamento passivo". É comum que satélites da Starlink, realizem manobras de evasão — foram cerca de 145.000 movimentações desse tipo apenas nos primeiros seis meses de 2025, uma média de quatro desvios por satélite ao mês. Atualmente, a empresa opera aproximadamente 9.300 satélites, que representam cerca de dois terços de todos os objetos ativos em órbita baixa. Por isso, o número de satélites funcionais orbitando a Terra chegou a cerca de 13.000, um aumento expressivo em comparação aos 3.400 registrados em 2020. Leia mais no Canaltech: Anatel bloqueia rádio FM que causava interferência em aeroporto no Nordeste eSIM é mais seguro em casos de roubos de celulares? Veja as diferenças Turismo: 1 a cada 3 destinos tem Wi-Fi para visitantes, mostra levantamento Leia a matéria no Canaltech.