Atentado terrorista durante celebração judaica em Sydney provoca reações internacionais

 

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Um atentado terrorista contra uma celebração judaica na praia de Bondi, em Sydney, deixou 16 mortos — 15 vítimas e um dos suspeitos — e ao menos 40 feridos durante o festival de Hanukkah. O ataque, classificado pelas autoridades australianas como ato terrorista, provocou uma série de reações de líderes e instituições internacionais.

Ao condenar o episódio, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que se trata de um ‘ataque hediondo e mortal’ e reiterou a necessidade de proteção de civis e do combate a todas as formas de violência motivadas por ódio religioso.

O rei Charles declarou que ele e a rainha Camilla ficaram ‘horrorizados e profundamente entristecidos’ com o atentado. Embora o cargo tenha caráter majoritariamente cerimonial, a manifestação reforça a gravidade do episódio no país.

Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, atribuiu o ataque a um ambiente de hostilidade contra judeus na Austrália e acusou o governo australiano de ter ‘alimentado o fogo do antissemitismo’ ao reconhecer um Estado palestino. Segundo ele, a decisão política teria contribuído para o aumento das tensões e da violência antissemita.

No Brasil, a Confederação Israelita divulgou nota em que manifesta ‘profunda consternação e solidariedade à comunidade judaica da Austrália’ e às famílias das vítimas, além de repudiar o atentado e defender ações firmes contra o extremismo.

A polícia australiana ainda não divulgou oficialmente os nomes dos suspeitos. De acordo com a emissora ABC News, que não citou fontes, duas bandeiras do grupo extremista Estado Islâmico teriam sido encontradas no veículo utilizado pelos autores do ataque. As informações, no entanto, ainda não foram confirmadas pelas autoridades.

As investigações seguem em andamento, com a área do ataque isolada e reforço da segurança em locais ligados à comunidade judaica em Sydney e em outras cidades australianas.