Sarrubbo critica escolha de Derrite para relatar PL Antifacção: 'quer fazer política, não segurança pública'

 

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Secretário nacional diz que texto aprovado na Câmara é “ruim” e cheio de inconstitucionalidades, elogia atuação de Alessandro Vieira no Senado e defende PEC da Segurança Pública. O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, criticou a escolha de Guilherme Derrite para ser o relator do projeto Antifacção. Derrite se licenciou do cargo de secretário da Segurança Pública de São Paulo para voltar à Câmara e ser o relator do texto, que passou por seis alterações até ser aprovado pelos deputados.

Ao participar de um evento sobre o impacto do crime organizado no Estado e nas empresas em São Paulo, Sarrubbo afirmou que Derrite estava pensando em fazer política, e não em segurança pública. E disse que o relator teve um olhar populista sobre o projeto.

Ao criticar o relator na Câmara, o secretário nacional de Segurança Pública fez elogios ao relator do PL Antifacção no Senado, Alessandro Vieira:

“É um projeto ruim porque, em vez de reformar a lei das organizações criminosas, cria um novo marco. Ele traz uma série de inconstitucionalidades, mas é preciso rever isso. É preciso fazer como o senador Alessandro está fazendo. Quinta-feira, em pleno feriado, eu recebi um ofício do senador Alessandro pedindo as nossas críticas e nosso envolvimento, pedindo diálogo. E, infelizmente, o presidente Hugo Motta nomeou como relator alguém que queria fazer política e não pensava em segurança pública.”

Um dos pontos a ser alterado pelo relator no Senado será a questão que envolve as normas para o financiamento da Polícia Federal. No texto de Guilherme Derrite, a corporação poderá perder cerca de R$ 360 milhões ao ano. Alessandro Vieira já afirmou disse que não vai aceitar a redução de recursos para financiar a PF.

Mário Sarrubbo defendeu também a PEC de Segurança Pública. Ele afirmou que o crime organizado, que nasceu no Rio de Janeiro e em São Paulo, se espalhou para outros estados do Brasil devido à falta de uma política nacional de segurança pública concisa o suficiente.

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