Prisão de Bolsonaro provoca reação imediata de aliados e opositores nas redes sociais

 

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Governadores, parlamentares, familiares e apoiadores se mobilizam para criticar ou exaltar a decisão do ministro Alexandre de Moraes A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada na manhã deste sábado (22), desencadeou uma onda de manifestações de figuras da direita e da esquerda. Entre governadores, parlamentares e aliados próximos, o tom predominante foi de crítica à decisão do ministro Alexandre de Moraes, enquanto representantes do campo progressista comemoraram o que classificam como um marco institucional.

Apontado como herdeiro político de Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o ex-presidente enfrenta "ataques e injustiças" e classificou a prisão como um atentado ao princípio da dignidade humana. Governadores do PL, como Claudio Castro (RJ) e Jorginho Mello (SC), também se posicionaram. Castro disse que o país “amanheceu triste” e que o ex-presidente “mereceria um mínimo de deferência”. Já Mello declarou que Bolsonaro “não teve um julgamento justo” e que sofreu “mais um golpe” contra seus direitos. Outros gestores aliados, como Romeu Zema (Novo-MG) e Wilson Lima (União Brasil-AM), chamaram a decisão de arbitrária, desproporcional e necessária de revisão imediata.

No núcleo mais próximo, familiares e amigos intensificaram a defesa do ex-presidente. Michelle Bolsonaro disse confiar “na Justiça de Deus” e associou a prisão às sequelas da facada de 2018. Fábio Wajngarten publicou vídeos mencionando o estado de saúde de Bolsonaro, enquanto o pastor Silas Malafaia chamou a decisão de “covardia” e “perseguição política”. No Congresso, parlamentares do PL e de partidos aliados adotaram discurso semelhante. Rogério Marinho, líder da oposição no Senado, afirmou que a medida “ameaça pilares essenciais do Estado de Direito”. Sergio Moro (União Brasil) questionou a proporcionalidade da prisão preventiva, e Damares Alves defendeu a votação imediata da anistia na Câmara.

Do lado governista, Lindbergh Farias (PT) celebrou o que classificou como um “grande dia” e disse que o trânsito em julgado se aproxima. O ministro Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que “ninguém está acima da democracia” e que a prisão deve representar um marco histórico.