PL Antifacção: Derrite recua e diz que projeto pode não ser votado nesta quarta-feira (12) na Câmara
Relator diz que ainda trabalha por acordo para aprovar texto, mas admite que não há mais garantia de votação ainda hoje. A votação do projeto antifacção, que estava prevista para esta quarta-feira (12) no plenário da Câmara dos Deputados, voltou a ser incerta. O relator da proposta, o secretário licenciado de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que ainda trabalha por um acordo, mas reconheceu que não há mais garantia de que o texto será votado hoje.
Derrite participou de um encontro da Frente Parlamentar do Livre Comércio, em Brasília, ao lado de governadores como Ronaldo Caiado (Goiás), Romeu Zema (Minas Gerais) e da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão.
Segundo o relator, o texto tomou como base um projeto do governo federal, mas passou por alterações significativas. Ele afirmou ter recebido críticas de que estaria limitando as prerrogativas da Polícia Federal, o que chamou de “narrativa mentirosa”.
“Quem investiga o PCC e o Comando Vermelho são as polícias estaduais. Quando há conexão com crimes federais, a Polícia Federal já participa. Eu só coloquei expressamente o que já existe”, disse Derrite.
O relator está na terceira versão do parecer e indicou que ainda pode fazer ajustes diante de novas emendas. A base do governo estuda mudanças em pontos que causaram insatisfação no Planalto.
Entre as versões anteriores do projeto, houve trechos que restringiam a atuação da Polícia Federal nos estados e outros que determinavam que a corporação comunicasse previamente aos governos estaduais sobre investigações — o que também gerou resistência.
Governadores como Cláudio Castro (RJ) elogiaram a proposta, mas defenderam aprimoramentos. A expectativa inicial era que o texto fosse votado a partir das 16h, mas as negociações seguem em curso.
