PF faz operação contra grupo que desviou mais de R$ 800 milhões em fraudes com Pix

 

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Mandados são cumpridos em seis estados e no exterior; organização é acusada de lavagem de dinheiro e invasão de sistemas bancários. A Polícia Federal realiza uma operação contra um grupo especializado em fraudes bancárias, que é acusado de envolvimento no ataque hacker que desviou mais de R$ 800 milhões de bancos e instituições de pagamentos que gerenciam transações pelo sistema Pix, do Banco Central.

O crime cibernético ocorrido em julho afetou pelo menos seis instituições. Segundo as empresas, não houve prejuízo às contas e informações de clientes.

Após investigação com apoio do Ministério Público paulista, os agentes da PF estão cumprindo 42 mandados de busca e apreensão e 26 ordens de prisão nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraíba, Bahia e Goiás, além do Distrito Federal.

Também há mandados sendo cumpridos no exterior, com apoio da Interpol e das polícias da Espanha, Argentina e Portugal.

Além disso, foi determinado o bloqueio de R$ 640 milhões em bens e valores dos investigados. Eles são acusados de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, lavagem de dinheiro e furto mediante fraude eletrônica.

De acordo com o MPSP, os alvos "utilizam técnicas avançadas de negociação de criptoativos" para ocultar a origem dos recursos ilícitos.

Até o momento, o órgão conseguiu apreender cerca de R$ 1 milhão em criptomoedas, além de diversos veículos de luxo e joias.

Em fase anterior da operação, o MP conseguiu a senha de acesso aos criptoativos e obteve a custódia dos recursos. Cerca de R$12 milhões foram depositados em conta judicial à disposição da 1ª Vara Criminal Especializada em Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de São Paulo.