João Fonseca e Carlos Alcaraz estreiam possível rivalidade nas quadras
De um lado, o fenômeno espanhol que lidera o ranking da ATP e soma cinco títulos de Grand Slam. Do outro, a sensação brasileira que alcançou o top 25 em sua primeira temporada completa como profissional. Apesar de estarem em estágios diferentes na carreira até por conta da diferença de idade em três anos (22 e 19), Carlos Alcaraz e João Fonseca dão sinais que podem protagonizar uma grande rivalidade em um futuro próximo. Diante da comoção dos fãs de tênis para assistir ao primeiro capítulo desse confronto, eles, enfim, medirão forças hoje, não antes de 22h15 (de Brasília), em uma partida de exibição em Miami, nos Estados Unidos. O sportv e a ge tv transmitem o jogo.
Se Alcaraz não tem muito o que provar no inédito duelo, João tem uma oportunidade de se testar contra o cara a ser batido no circuito e colher frutos para, quem sabe, realizar o seu maior sonho: ser número 1 do mundo. Mas, antes disso, o brasileiro ainda tem uma margem considerável de evolução pela frente. Na visão do espanhol, a movimentação é um ponto de atenção para alçar voos maiores.
— É um jogador ncrível. A potência que ele (João) tem é impressionante, o saque é muito bom, algo que para mim, quando entrei no circuito, era o que mais me custava. O João também tem uma direita brutal. Se eu tivesse que apontar algo a melhorar, seria a mobilidade. Aos poucos, ele vai evoluir nesse aspecto e, para mim, continua sendo um jogador especial. Afinal, é o primeiro ano dele completo no circuito e acho que está fazendo muito bem — destacou o líder do ranking.
Além de elogiar o "ano impressionante" de João, que subiu 121 posições no ranking na temporada, Alcaraz não duvida do potencial do brasileiro para chegar às primeiras colocações. Por outro lado, o espanhol ressalta o quão difícil é se manter no topo, o que exigirá outro nível de constância e mentalidade para suportar a pressão a cada torneio.
Aos 19 anos, Alcaraz já havia conquistado o seu primeiro Grand Slam (US Open) e se tornado o número 1 mais jovem da história da ATP. Na mesma idade, João ainda não chegou perto de levar um Major e conquistou dois títulos até aqui (ATP 500 da Basileia-SUI e do 250 de Buenos Aires-ARG).
Até pela excepcionalidade dos feitos e do tamanho da carreira do espanhol até aqui, João faz questão em evitar comparações que acabam naturalmente existindo. Dentro de quadra, os jogadores carregam estilos ofensivos, com destaque para a potência do forehand — direita — como o carro-chefe dos golpes. Mais completo e maduro, Alcaraz apresenta uma maior variação tática no seu jogo. Enquanto fora, o carisma e a leveza de ambos chama a atenção e atrai multidões.
Independentemente do resultado da exibição, João está no caminho certo para bater de frente com os melhores do mundo. Já em ritmo de pré-temporada para 2026, ele disputará dois torneios antes do Australian Open, primeiro Grand Slam no ano: os ATPs 250 de Brisbane-AUS e Adelaide-AUS.
