Ídolo de time inglês se reinventa como maquinista de trem após lesão encerrar carreira aos 31 anos

 

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Os cruzamentos voltaram a fazer parte da rotina de Martin Grainger, mas hoje em um contexto bem diferente do futebol. Ídolo do Birmingham City e ex-lateral-esquerdo com passagem por clubes como Colchester, Brentford e Coventry, o inglês de 53 anos trabalha atualmente como maquinista da ferrovia Govia Thameslink. Ele opera trens das rotas Great Northern, que ligam Londres a cidades como Stevenage, Letchworth e Welwyn Garden City.

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A mudança radical de carreira veio após sua aposentadoria precoce. Grainger atuou profissionalmente por 13 anos, iniciando no Wivenhoe Town, em 1992, e chegando ao auge ao ajudar o Birmingham a conquistar o acesso à Premier League pelos playoffs de 2002. No entanto, uma grave lesão no joelho encerrou sua trajetória nos campos muito antes do previsto.

De acordo com o jornal local The Sun, o ex-jogador relembra que o problema começou em setembro de 2002, em uma partida contra o Middlesbrough.

— Senti algo desconfortável no joelho. Estava me causando dor e os exames mostraram uma ruptura do tendão patelar — contou. A lesão exigiu cirurgia corretiva, seguida de um longo período de afastamento. Grainger ainda enfrentou complicações: infecções pós-operatórias levaram à necessidade de três procedimentos adicionais.

O lateral retornou aos gramados três meses depois, mas teve participação limitada: disputou apenas mais três jogos na temporada, antes de ser emprestado ao Coventry em fevereiro de 2004. Ao retornar ao Birmingham no mês seguinte, não imaginava que seu desfecho estava próximo. Em abril daquele ano, marcou um impressionante gol de falta de 30 jardas contra o Manchester United, na Premier League — sem saber que seria sua última partida como profissional.

Aos 31 anos, a sequência de cirurgias e dores crônicas tornaram impossível continuar. E foi longe dos estádios que Grainger encontrou um novo caminho. Hoje, nos trilhos da Govia Thameslink, ele conduz trens pelos arredores de Londres e mantém uma vida estável, distante do glamour do futebol, mas marcada pela mesma disciplina que o acompanhou nos gramados.