CPMI do INSS ouve Tonia Galleti, ex-integrante do CNPS e assessora jurídica do Sindnapi

 

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Durante o depoimento, Tônia foi contestada sobre a relação dela e de outros familiares com o sindicato. A CPMI do INSS realiza a oitiva da ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social e assessora jurídica do Sindnapi, Tonia Galleti, ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social. Ela responde a perguntas sobre os serviços prestados ao sindicato. Além disso, sobre as denúncias e os pedidos de regulamentação de acordos entre o INSS e entidades privadas, que não avançaram no período em que atuou no conselho.

Durante o depoimento, Tônia foi contestada sobre a relação dela e de outros familiares com o sindicato. A ex-conselheira disse que como advogada do sindicato apenas checava os contratos. Além disso, afirmou que o Sindinapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos) nunca fraudou documentos para aumentar os descontos associativos.

"O sindicato vive de mensalidade associativa. O sindicato nunca fraudou fichas ou documentos de aposentados ou de pensionistas para ter esses sócios dentro do sindicato."

Havia a expectativa pela oitiva de Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios. Ele é apontado como um dos principais operadores do esquema, que teria movimentado mais de 1,1 bilhão entre 2022 e 2024. O depoimento, porém, deve ser realizado nesta terça (21).

As oitivas ocorrem após a tensa sessão da última quinta-feira, quando a comissão rejeitou, por articulação da base governista, o pedido de convocação de José Ferreira da Silva, o Frei Chico — irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vice-presidente do Sindnapi.

Nesta segunda, Frei Chico ingressou com uma ação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo para contestar publicações que o relacionam ao esquema. O sindicalista afirma ser alvo de “ataques falsos e ofensivos” e critica o que chama de “uso político” da CPMI. Em nota, declarou que não teme investigação, mas classificou o colegiado como um “palco de julgamento antecipado”, defendendo transparência e respeito ao devido processo legal.

Segundo a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União, o Sindnapi teria se beneficiado de descontos indevidos aplicados a aposentados sem autorização. Frei Chico, no entanto não é investigado, mas usado pela oposição por sua ligação com Lula. O caso ocorre em meio à decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, que bloqueou cerca de R$ 390 milhões em bens e valores da entidade por suspeita de desvio e lavagem de dinheiro.