CCJ do Senado aprova recondução de Paulo Gonet ao comando da PGR
Com 17 votos favoráveis e 10 contrários, nome indicado por Lula segue para análise do plenário ainda nesta terça-feira (12). A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (12), recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, no cargo por mais dois anos. O placar foi de 17 votos a favor e 10 contrários. O nome segue agora para o plenário da Casa, onde deve ser votado ainda hoje.
O PGR enfrentou uma sabatina mais dura do que em 2023 e teve menos apoio, principalmente pela atuação nos processos da trama golpista. Gonet denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o filho dele, Eduardo Bolsonaro e, recentemente, o ex-assessor de Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro.
Em recados à classe politica, Gonet afirmou que adota uma postura arredia a interferências e que não busca aplauso transitório ou exposição midiática. Ele defendeu atuação técnica do órgão e disse que a PGR não tem a cor de bandeiras partidárias.
“Não há criminalização da política em si. A tinta que imprime as peças produzidas pela Procuradoria-Geral da República não tem as cores das bandeiras partidárias”, declarou.
Gonet foi questionado sobre anistia e até sobre impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Recentemente, ele emitiu um parecer defendendo a legitimidade exclusiva da Procuradoria para pedir impeachment de ministros da Suprema Corte. Hoje, qualquer cidadão pode oferecer denúncia contra ministros por crime de responsabilidade. Em resposta, disse que não é uma decisão final.
Um dos ataques mais duros a Gonet foi feito pelo senador Flávio Bolsonaro, que lamentou a recondução dele ao cargo e o acusou de alinhamento com Alexandre de Moraes.
O PGR negou qualquer alinhamento com ministros, disse que atua com independência e cumpre a constituição. Ele reafirmou que considera anistia inconstitucional, mas que a decisão cabe ao Congresso Nacional.
