Base aliada de Lula comemora prisão e cita riscos de fuga e tensão institucional

 

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Deputados Rogério Corrêa e Lindbergh Farias afirmam que decisão do STF busca preservar a ordem pública e evitar novas investidas contra o cumprimento da lei. A base aliada do governo Lula comemorou, ao longo de toda a manhã deste sábado (22), a decretação da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. O vice-líder do PT na Câmara, Rogério Corrêa, disse que a medida ‘teve embasamento e justificativa’, destacando que a decisão se apoia em episódios recentes de fuga de aliados bolsonaristas, como Carla Zambelli e Alexandre Ramagem. Segundo ele, o caso de ambos, que deixaram o país para não cumprir pena, somado a sinais de rompimento da tornozeleira eletrônica por parte de Bolsonaro, reforçaram o entendimento de que havia risco real de evasão.

Corrêa afirmou ainda que a convocação de atos por aliados do ex-presidente — entre eles o senador Flávio Bolsonaro — configurava pressão sobre o Supremo Tribunal Federal, que poderia concluir na próxima semana o julgamento definitivo do processo. Para o deputado, a mobilização tinha caráter de resistência à ordem judicial.

Também líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias classificou o dia como ‘histórico’. Ele disse que a decisão do Supremo se baseou na necessidade de garantir a ordem pública e afirmou que, mesmo em prisão domiciliar, Bolsonaro ‘seguia atuando politicamente para tensionar o ambiente e pressionar instituições’. O parlamentar mencionou ainda a vigília convocada por Flávio Bolsonaro, prevista para começar nesta noite, como sinal de que o ex-presidente continuava estimulando movimentos de enfrentamento ao Judiciário.