Banco Master: Chefe da PF diz que suspeitas é de crime contra o sistema financeiro na ordem de R$ 12 bilhões

 

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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta terça-feira que a fraude envolvendo o Banco Master pode chegar a R$ 12 bilhões. A corporação realiza a Operação Compliance Zero, que apura um suposto esquema de criação e negociação de títulos de crédito falsos. O dono do banco, Daniel Vorcaro, foi preso no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) na noite de segunda-feira, quando tentava embarcar em seu jatinho para o exterior.

Andrei está sendo ouvido na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Crime Organizado, no Senado. A PF realiza nesta terça-feira a Operação Compliance Zero, que apura um suposto esquema de criação e negociação de títulos de crédito falsos. Simultaneamente, o Banco Central decretou, na manhã desta terça-feira, a liquidação extrajudicial do Banco Master.

Na manhã desta terça, os agentes cumprem outros quatro mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão. As ações acontecem no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. Entre os demais alvos estão pessoas ligadas ao banco Master, incluindo o ex-sócio de Vorcaro e tesoureiro do banco, Augusto Lima.

As investigações começaram em 2024, após um pedido do Ministério Público Federal para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito sem lastro. Esses títulos, de acordo com a PF, teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada.

A PF apreendeu carros de luxo, obras de arte, relógios de alto valor e cerca de R$ 1,6 milhão em dinheiro vivo durante. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 12,2 bilhões em contas vinculadas aos alvos da operação.