Austrália promete leis de armas mais rigorosas após o ataque terrorista

 

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A Austrália prometeu leis de armas mais rigorosas após o ataque terrorista a tiros que deixou 16 mortos, sendo 15 vítimas e um dos suspeitos, e outros 40 feridos na praia de Bondi, em Sydney, no domingo (14), durante as celebrações do festival judaico de Hanukkah.

O incidente levantou questões sobre se as leis de armas da Austrália, entre as mais rígidas do mundo, precisam de uma revisão. De acordo com a agência de notícias Reuters, o primeiro-ministro Anthony Albanese afirmou que o gabinete dele concordou em fortalecer as leis sobre armas de fogo.

Segundo a Polícia local, os autores do ataque são pai e filho. O pai, de 50 anos, foi morto pelas autoridades. O filho foi detido e sofreu ferimentos, mas está em condição estável. O caso foi classificado pelas autoridades como ato terrorista e segue sob investigação.

Um dos feridos é o homem que aparece num vídeo desarmando um dos assassinos. Ele é um comerciante de frutas que sofreu ferimentos à bala, mas que se recupera bem no hospital, segundo familiares.

O brasileiro Daniel Silva Gonçalves, que presenciou o atentado, relatou à GloboNews o momento de tensão:

O Itamaraty repudiou o atentado e expressou solidariedade às famílias das vítimas. O presidente Lula também condenou o ataque.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse, nesse domingo (14), ter alertado o premiê australiano de que as políticas do país fomentavam o antissemitismo. Benjamin Netanyahu classificou o ataque de "assassinato a sangue frio" e afirmou que o antissemitismo "se espalha quando os líderes ficam em silêncio".

A Confederação Israelita do Brasil manifestou consternação e solidariedade à comunidade judaica da Austrália. Para a entidade, atacar judeus enquanto celebram sua fé não é apenas um crime contra indivíduos ou contra uma comunidade específica. É um ataque aos valores mais fundamentais da convivência democrática, à liberdade religiosa e ao direito de viver sem medo.