Após nova fase de operação, presidente da CPI do INSS diz que comissão vai avançar sobre políticos que se beneficiaram do esquema

 

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O presidente da CPI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou nesta quinta-feira que a comissão vai concentrar os próximos trabalhos na apuração de eventuais envolvimentos de políticos no esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. A declaração foi feita após a prisão do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, alvo da Polícia Federal na Operação Sem Desconto.

Segundo Viana, a CPI considera que os operadores do esquema já foram atingidos, e que agora é importante saber os políticos que indicaram essas figuras a cargos nos governos.

— Os principais operadores estão na cadeia. O primeiro escalão [do esquema] é formado por políticos que indicaram esses servidores para continuar as fraudes (...) Queremos saber quem ajudou, quem indicou, quem nomeou e o que receberam para que esse esquema pudesse continuar funcionando e de que maneira políticos foram beneficiados — disse.

Nesta quinta-feira, a CPI vai ouvir o advogado Eric Fidelis, filho do ex-diretor de benefícios do INSS André Fidelis, que é investigado por envolvimento no esquema bilionário de descontos indevidos a aposentados e pensionistas. A PF suspeita que o escritório de advocacia de Fidelis foi utilizado para receber propina do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o "careca do INSS", apontado como peça-chave do escândalo.