ANP realiza leilão de áreas de pré-sal. Veja quem participa

 

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Começou na manhã desta quarta-feira o 3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP) realizado pela Agência Nacional do Petroleo (ANP). No certame, serão ofertadas sete áreas do pré-sal localizadas nas bacias de Santos e Campos.

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Ao todo, 15 petroleiras estão habilitadas. Além de Petrobras, estão aptas a participar do leilão 3R (atual Brava), BP, Chevron, CNOOC, Ecopetrol, Equinor, Karoon, Petrogal, Petronas, Prio, Qatarenergy, Shell, Sinopec e Total.

O certame ocorre dias após o Ibama ter dado aval para Petrobras perfurar primeiro poço exploratório na Bacia da Foz do Amazonas.

Segundo o diretor-geral da ANP, Artur Watt Neto, o objetivo do leilão é dar previsibilidade às empresas.

— Esse é o primeiro passo para a manutenção das atividades do setor para a recomposição das reservas de petróleo, criação de empregos e investimentos, além de gerar divisas para o país. O petróleo é hoje o principal item de exportação do país. É uma fonte de recursos para estados, municípios e governo federal. No ano passado, a arrecadação chegou a R$ 98 bilhões — afirmou Neto, na abertura do leilão.

Áreas em oferta:

Esmeralda, na Bacia de Santos

Percentual em óleo mínimo para a União: 10,54%


Ametista, na Bacia de Santos

Percentual em óleo mínimo para a União: 6,41%


Citrino, na Bacia de Campos

Percentual em óleo mínimo para a União: 8,87%

Itaimbezinho, na Bacia da Campos

Percentual em óleo mínimo para a União: 6,67%

Ônix, na Bacia da Campos

Percentual em óleo mínimo para a União: 10,59%

Larimar, na Bacia da Campos

Percentual em óleo mínimo para a União: 10,65%


Jaspe, na Bacia da Campos

Percentual em óleo mínimo para a União: 16,72%


Como funciona

No regime de partilha, parte do petróleo e do gás produzidos pelas empresas é destinado à União – o chamado “percentual do excedente em óleo”.  Assim, a empresa contratada tem direito a parte da produção suficiente para recuperar seus custos, chamada custo em óleo, e o excedente é dividido entre a União e a empresa.

 

O percentual desse excedente que será destinado à União é ofertado pelas licitantes que participam de um ciclo da OPP, para cada bloco, a partir de um mínimo definido no edital. A empresa ou consórcio que oferecer o maior percentual será a vencedora e arrematará o bloco.

 

Como, na OPP, o bônus de assinatura (valor em dinheiro pago pelas licitantes vencedoras e previsto no edital) é fixo, as ofertas vencedoras serão as que apresentarem o maior percentual em “excedente em óleo”, a partir dos valores mínimos previstos no edital.

A parte do petróleo destinada à União pelos contratos de partilha é leiloada pela Pré-Sal Petróleo, a PPSA. No último leilão da PPSA, em junho de 2025, foram vendidos 74,5 milhões de barris de petróleo, o que significa arrecadação de cerca de R$ 28 bilhões para os cofres públicos em dois anos.