Ano de 2025 foi marcdo pelo tema da adultização, aumento da violência contra a mulher e acidentes aéreos
Em agosto de 2025, o Google registrou um pico de buscas na plataforma por uma palavra que até então era desconhecida. A expressão não saiu da boca do povo e, consequentemente, dos jornais. Isso porque um vídeo do influenciador Felca, que viralizou, denunciou como crianças e adolescentes são vítimas de exploração a partir da exposição nas redes sociais.
Felca direciona críticas aos responsáveis e depois relaciona o tema ao contexto da pedofilia. Ainda mostra como o algoritmo deixa crianças vulneráveis para criminosos. O viral contribuiu para que um projeto de lei, até então parado no Congresso, voltasse a ser discutido.
Em setembro, o PL virou a lei que dispõe sobre proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais. O vídeo ainda fala sobre Hytalo Santos, influenciador contra quem Felca fez acusações graves, por criar cenas com crianças em contextos adultos. O paraibano era investigado pelo Ministério Público desde 2024, por possível exploração de menores, mas só foi preso após a repercussão.
"Onde eu chegar agora, eu sou visto como um pedofilo. Eu sou visto como um abusador. Eu sou visto como uma pessoa pervertida".
Ele e o companheiro, Israel Vicente, continuam presos. A defesa afirma que não há registro de pornografia nos vídeos. Kamylinha, que participava dos conteúdos produzidos por Hytalo e aparece como vítima no processo, foi testemunha de defesa.
A violência contra a mulher também teve assombroso destaque em 2025. Desde o caso da Juliana, no Rio Grande do Norte, que dentro de um elevador com câmeras levou mais de 60 socos do então namorado, o ex-jogador de basquete Igor Pereira.
"Ele é estudante de ciências contábeis e foi preso em flagrante logo após o crime. Ele teve a prisão já convertida em preventiva. Ela vai ser submetida agora a uma osteossíntese, que é um procedimento que usa placas, parafusos, alguns dispositivos para alinhar e fixar os fragmentos ósseos".
Ao caso da Tainara, que foi atropelada e arrastada pelo ex-ficante em São Paulo. Ela perdeu as pernas e continua internada. O agressor, Douglas Alves da Silva, está preso. Feminicídios foram registrados em todos os cantos do país.
"Quatro mulheres assassinadas por dia por feminicídio nos últimos cinco anos é a média que se tem no Brasil". "A primeira coisa que nos vem à mente é quando a gente olha esses números é que o Brasil falha diariamente em proteger mulheres e meninas, né?"
Um crime que ainda não teve desfecho é o assassinato de Adalberto Amarílio Junior, que desapereceu, em maio, depois de um evento no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O corpo dele foi encontrado cinco dias depois em um buraco, sem calça e sem tênis. A polícia ainda não sabe quem matou Adalberto.
Já em Belo Horizonte, em agosto deste ano, Renê Nogueira Junior se irritou com um caminhão de lixo que bloqueava parte da rua. Após ameaçar a motorista, ele usou a arma da mulher - delegada - e atirou contra Laudemir Fernandes. Apesar da dor, a viúva do gari disse perdoar o atirador:
"Eu não tenho ódio dele, eu perdoo ele, porque ele é uma pessoa muito fútil, ele é uma pessoa muito vazia."
Também foi alvo de investigação a explosão que, em agosto, deixou nove mortos numa fábrica de materiais explosivos em Quatro Barras, na Grande Curitiba.
"No momento do incidente, os termômetros marcavam três graus na cidade aqui da região metropolitana e essa baixa temperatura pode ter contribuído para a explosão de acordo com o laudo divulgado pela Polícia Científica."
Duas quedas de aviões chamaram a atenção em 2025: uma em fevereiro, numa movimentada avenida paulistana, que deixou dois mortos. E outra em setembro, no Pantanal, que terminou com a morte de quatro pessoas, incluindo o renomado arquiteto chinês Kongjian Yu, responsável pelo conceito de cidades-esponjas.
Os brasileiros ainda tiveram que lidar com um grande apagão que afetou pelo menos 24 estados, em outubro, após incêndio em uma subestação no Paraná.
Por falar em falha…. três questões do Enem foram anuladas depois de um estudante que se diz “mentor” de candidatos ter divulgado perguntas idênticas às do teste dias antes do exame.
Edcley Teixeira alegou que uma das principais técnicas foi memorizar questões de outras provas do Inep que serviriam como "pré-teste" para o Enem. A Polícia Federal investiga uma possível quebra de confidencialidade. O Inep informou que a anulação das questões foi uma “ação preventiva para proteger o Enem”.
