Falta de energia ainda afeta 20 mil imóveis em São Paulo

 

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No início do quinto dia depois do ciclone extratropical que atingiu a capital e a Grande São Paulo entre a manhã de quarta (10) e quinta-feira (11), o fornecimento de energia foi normalizado. De acordo com informações da Enel, 99% dos imóveis atendidos já tiveram o serviço restabelecido. Nesta segunda-feira (15), o site da concessionária apontava cerca de 30 mil locais ainda sem energia elétrica ou 0,35% dos clientes. Na capital, são cerca de 20 mil clientes sem luz, um número próximo à média dos dias normais.

Moradores da região da zona sul, dos bairros do Campo Belo e Brooklin, no entanto, reclamam que ainda não tiveram a luz restabelecida, o que acarretou a perda de alimentos, de acordo com reportagem da TV Globo.

Na noite de domingo (14), a Enel divulgou nota informando que o fornecimento de energia estava "voltando ao padrão de normalidade na área de concessão, com o restabelecimento do serviço para os clientes afetados nos dias 10 e 11 de dezembro pelo ciclone extratropical".

A demora, em alguns casos, se devia à complexidade de alguns casos, nos quais técnicos ainda precisam atuar na "reconstrução de rede, que envolvem troca de cabos, postes e outros equipamentos".

Na noite da sexta-feira (12), a Justiça havia determinado que a Enel restabelecesse imediatamente os serviços para os consumidores afetados pelo apagão sob o risco de multa de R$ 200 mil por hora em caso de descumprimento. A Justiça tomou a medida em uma ação proposta pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e pela Defensoria Pública. Além de todo o transtorno para os moradores, a Associação Comercial de São Paulo calcula que os prejuízos para o comércio cheguem a R$ 1,5 bilhão. No momento mais crítico do apagão, 2,2 milhões de imóveis foram afetados pela falta de energia.

A Enel justifica a demora no restabelecimento ao ineditismo do fenômeno climático, que registrou ventos acima de 70 km/h por mais de 12 horas consecutivas, o que agravou a situação.