Ambipar acusa banco e corretora de reduzirem participação do controlador da empresa 'ilegalmente'

 

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A Ambipar informou ao mercado nesta sexta-feira que seu controlador, o empresário Tércio Borlengui Junior, teve sua participação (direta e indireta) diluída de 73,48% para 67,68% "ilegalmente", movimento que, alega a empresa, estaria por trás de perda de R$ 20 bilhões em valor de mercado da companhia.

A empresa acusa o banco Bradesco, a corretora Genial e o grupo Opportunity de "excutirem ilegalmente ações de propriedade do controlador, sem sua autorização e em descumprimento à medida cautelar deferida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro".

A excussão acontece quando são executados na Justiça bens do devedor que foram oferecidos como garantia numa dívida que não foi paga.

De acordo com a Ambipar, houve "transferência indevida" ao Bradesco de 72.233.230 ações ordinárias (com voto) de titularidade do controlador, das quais 15.896.900 ações foram alienadas entre 30 de setembro e 6 de outubro de 2025.

Também foram alienadas indevidamente pela Genial e pelo Opportunity 24.550.000 ações ordinárias entre 2 e 6 de outubro de 2025, diz o comunicado.

A medida cautelar que protege a Ambipar contra credores foi deferida em 25 de setembro de 2025.

"A alienação irregular de ações da companhia, em curto espaço de tempo e em violação à decisão judicial, resultou em perda estimada de valor de mercado de aproximadamente R$ 20 bilhões", diz a Ambipar na nota.

A empresa diz que "estão sendo adotadas todas as medidas legais cabíveis para reversão da situação e responsabilização dos envolvidos". A Ambipar diz que há  possíveis implicações de natureza cível e criminal.