Acompanhando marido foragido, mulher de Ramagem estende férias de cargo no governo de Roraima

 

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Acompanhando o marido foragido nos Estados Unidos, a mulher do deputado federal Alexandre Ramagem (PL), Rebeca Ramagem, estendeu, na última sexta-feira, em seis dias o período de férias do cargo de procuradora do estado de Roraima. Apesar de não ter tirado licença, Rebeca sugeriu na última semana ter se mudado para os EUA devido a condenação do marido por envolvimento na trama golpista.

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A concessão de mais dias de férias a Rebeca Ramagem foi publicada no Diário Oficial de Roraima no dia 28. O novo período de folga da procuradora vai, agora, do dia primeiro até o dia seis de dezembro. As férias referem-se ao período de trabalho entre 2022 e 2023.

Rebeca entrou na carreira em março de 2015. Desde 2020, ela está lotada na Coordenadoria da PGE-RR em Brasília, atuando em nome de Roraima em ações que correm nos tribunais superiores. O órgão disse em nota que ela seguiu regularmente em suas funções até o dia 14 de novembro, uma sexta-feira. Na segunda-feira, dia 17, ela começou o período de férias.

Segundo dados do Portal da Transparência de Roraima, Rebeca Ramagem recebe uma remuneração de R$ 46 mil por mês. Nas redes sociais, ela se descreve como "advogada, delegada e procuradora". Ela, no entanto, não ocupa mais um cargo na polícia.

Uma das suspeitas da Polícia Federal é a de que Ramagem tenha deixado o país de carro, cruzando a fronteira em Roraima para a Venezuela ou a Guiana, e, em seguida, desloando-se para os Estados Unidos. Ele teria deixado o Brasil ainda em setembro. Na última sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão do deputado federal.

Após o caso vir à tona, Rebeca publicou no Instagram um vídeo no qual mostra a sua chegada aos EUA junto às filhas, onde são recebidas por Alexandre Ramagem no aeroporto. No texto que acompanha a gravação, ela chega a dizer que mantém "a esperança de um dia voltar a um Brasil". Dias depois, ela fez uma segunda publicação na qual narrou que foi abordada pela Polícia Federal ao embarcar no aeroporto do Galeão ao deixar o país. Com um mandado de busca pessoal expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, os agentes teriam apreendido o celular e o computador da procuradora.