6 principais aquisições do mercado tech em 2025
O ano de 2025 foi marcado por aquisições bilionárias que redesenharam o equilíbrio de poder entre gigantes do mercado. Keeta inaugura centro de descanso e de apoio para entregadores em São Paulo Por que tantos funcionários de alto escalão estão deixando a Apple? Impulsionadas pela corrida desenfreada pela supremacia em inteligência artificial (IA), segurança de dados e consolidação de plataformas de conteúdo, empresas como Google, Netflix e Meta protagonizaram acordos que somam centenas de bilhões de dólares. O Canaltech compilou algumas das principais aquisições do mercado de tecnologia neste ano, e como elas impactam o mercado para o próximo ano. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- 6 principais aquisições do mercado de tecnologia Abaixo você confere: Netflix e Warner Bros. Discovery Google e Wiz Meta e Scale AI X e xAI OpenAI e Windsurf Coursera e Udemy Adobe e Semrush 1. Netflix e Warner Bros. Discovery A aquisição mais recente da lista (e uma das mais impressionantes) foi a compra da Warner Bros. Discovery pela Netflix, por US$ 82,7 bilhões. A transação, que superou uma proposta hostil de US$ 108,4 bilhões da Paramount, foi avaliada em US$ 27,75 por ação da WBD e inclui a absorção de dívidas da companhia. A união coloca franquias icônicas como Harry Potter, o Universo DC e sucessos da HBO sob o controle da gigante do streaming. Além do serviço de streaming HBO Max, que também é da Warner. Para garantir a aprovação regulatória e acalmar o mercado, a Netflix se comprometeu a manter as janelas tradicionais de exibição nos cinemas e a separar ativos de TV paga, como CNN e TNT, em uma nova empresa chamada Discovery Global, prevista para 2026. Apesar do sinal verde de acionistas, ainda faltam aprovações de órgãos regulatórios dos Estados Unidos e da Europa. 2. Google e Wiz O Google anunciou, em 18 de março de 2025, a assinatura de um acordo definitivo para a compra da startup de cibersegurança Wiz por US$ 32 bilhões. Essa é a maior aquisição da história da Alphabet, que tem como objetivo acelerar a segurança em nuvem e em ambientes multicloud em meio à escalada de ameaças na era da IA. A tecnologia da Wiz permite escanear ambientes de nuvem de forma contínua para identificar caminhos de ataque e priorizar riscos críticos antes mesmo da implantação de códigos. A solução será integrada às operações do Google Cloud, criando uma plataforma de segurança unificada que protege desde o desenvolvimento de software até a execução de modelos de IA. 3. Meta e Scale AI Com a intenção de garantir o fornecimento de dados de alta qualidade, a Meta adquiriu 49% da Scale AI por US$ 14,3 bilhões em junho. O acordo incluiu a contratação de Alexandr Wang, fundador e CEO da Scale, para liderar a unidade de “Superinteligência” dentro da dona do Facebook. A aquisição esquentou o setor, fazendo com que rivais como OpenAI e Google reduzissem seus contratos com a Scale por preocupações com a privacidade de seus segredos industriais. A Meta aposta que o acesso privilegiado à infraestrutura de rotulagem de dados da Scale acelerará o treinamento de seus modelos Llama, permitindo que a empresa recupere o terreno perdido na corrida da AGI. 4. X e xAI Em abril, Elon Musk anunciou que o seu laboratório de inteligência artificial, a xAI, adquiriu formalmente a plataforma X (antigo Twitter) – da qual ele também é dono – em uma transação de ações avaliada em US$ 35 bilhões. O valor total do acordo inclui a dívida de US$ 12 bilhões da rede social, avaliando o ativo líquido do X em cerca de US$ 33 bilhões. O objetivo principal da fusão é integrar a vasta base de dados em tempo real do X — que conta com mais de 600 milhões de usuários — para treinar e refinar as novas gerações da IA Grok. Musk descreveu a união como um passo necessário para combinar modelos, poder computacional e distribuição de talentos em uma única entidade avaliada em US$ 80 bilhões. Grok, da xAI, se destacou entre modelos de IA (Imagem: Reprodução/Casa Branca e Marcelo Fischer/Canaltech) 5. Coursera e Udemy Duas gigantes da educação online, Coursera e Udemy, anunciaram em dezembro uma fusão de US$ 2,5 bilhões. O acordo, realizado integralmente em ações, une o catálogo de certificados universitários de prestígio da Coursera com o vasto mercado de cursos técnicos e práticos da Udemy. A nova entidade vai operar sob a marca da Coursera, e foca na crescente demanda por requalificação profissional voltada para IA generativa e ciência de dados. A liderança ficará com o atual CEO da Coursera, Greg Hart, e a sinergia entre as empresas deve gerar economias operacionais de US$ 115 milhões anuais. 6. Adobe e Semrush Também há pouco tempo, em novembro, a Adobe fechou a compra da plataforma Semrush por US$ 1,9 bilhão, pagando um prêmio de 77,5% sobre o valor de mercado da empresa. O movimento marca o retorno da Adobe a grandes fusões e aquisições após a tentativa fracassada de compra da Figma. A integração das ferramentas de SEO e publicidade digital da Semrush ao ecossistema da Adobe permitirá que marcas entendam melhor como seus conteúdos são consumidos em motores de busca e bots de IA, como Gemini e ChatGPT. A Adobe busca consolidar sua oferta de marketing digital, atraindo clientes que buscam soluções de "Otimização para Motores Generativos". Veja também: 11 verdades sobre funil de vendas que realmente gera caixa Após investir US$1 bi: Disney confirma exclusividade de apenas um ano com OpenAI Google e Senai lançam IA para encontrar emprego e analisar currículo grátis Ouça o Podcast Canaltech: Leia a matéria no Canaltech.
