
Zubeldía aproveita herança de Renato no Fluminense, mas indica nova cara com dupla Cano e Acosta; análise

A vitória do Fluminense sobre o Botafogo marcou a volta de Cano, velho conhecido do técnico Luis Zubeldía, que também apostou em Lucho Acosta para dar uma nova cara ao ataque tricolor. Embora tenha elogiado o antecessor Renato Gaúcho e aproveitado sua herança, há sinais de mudança.
Zubeldía deu confiança a Cano, que não marcava havia oito jogos, e mudou o esquema da equipe com a entrada de Acosta por trás do centroavante, com a manutenção de dois pontas alargando o campo. A estratégia funcionou para a organização ofensiva e também na questão defensiva.
O que muda na troca de comando é a aparente confiança maior de Zubeldía em jogadores que não vinham tendo sequência, como o caso de Acosta, um dos reforços trazidos este ano. Ao manter a capacidade competitiva e dar ênfase à criatividade e faro de gol do ataque, há sinais de evolução.
- Lucho não tinha muitos minutos, normal para quem chega de fora. Aqui no Brasil há muitos jogadores. A competição não é fácil com quem vem de fora. Ele dá uma intensidade por trás de Cano, como meia-atacante, terceiro meia, é criativo para fazer tabelas. E faz um bom trabalho tático. Cano e Lucho fizeram bom trabalho contra o Botafogo, que alargava muito o campo - explicou o técnico.
Nessa perspectiva tática, Serna e Canobbio mantidos e tiveram bom papel. Segundo Zubeldía, com jogadores que atacam espaços, é possível haver movimentos contrários entre Cano e os demais para que os espaços se abram, o que não aconteceu sempre contra o Botafogo, é verdade.
— Germán Cano é um goleador importantíssimo da história do Fluminense. É bom para a associação, com o antagonismo dos extremos. Tem experiência, pode ajudar nos momentos mais quentes. Me parecia lógico. Para um nove, é muito importante marcar — explicou o treinador.
A atuação do time, até pelo pouco tempo do novo técnico, ainda esteve à imagem e semelhança de Renato Gaúcho, assim como a bronca da torcida com jogadores como Soteldo e Lima, vaiados quando entraram no fim, mesmo com a vantagem no placar. Até o venezuelano ganhou confiança do técnico.
- O Fluminense tem bons extremos, jogadores experientes, mais jovens. Brasileiros, estrangeiros. Vamos usar o que pudermos. O torcedor pode ficar chateado com um ou com outro, isso muda. Importante é ajudar o Soteldo. E que ele aporte a equipe. Faz um gol, dois, a opinião muda. O futebol é assim. A equipe precisa dos extremos. Dessa profundidade. Tomara que tenha um bom desempenho.