PCC pode estar por trás de falsificação de bebidas com metanol, diz associação

 

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Casos recentes de intoxicação por bebidas adulteradas reacenderam o alerta para o uso ilegal de metanol em São Paulo. A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) suspeita que o produto químico, antes usado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para adulterar combustíveis, esteja agora sendo desviado para destilarias clandestinas.


Dez episódios já foram registrados, com duas mortes confirmadas em São Paulo e São Bernardo do Campo. O Centro de Vigilância Sanitária do Estado ligou os óbitos ao consumo de bebidas com metanol.


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O Ministério da Justiça emitiu orientação urgente a bares, restaurantes, mercados, hotéis e plataformas de delivery para reforçar a checagem de procedência, com atenção a sinais como preços baixos, lacres irregulares e odor de solvente.


O metanol é altamente tóxico: pequenas doses podem causar náusea, tontura, cegueira e até a morte. Em operação há um mês, a Agência Nacional de Petróleo flagrou postos vendendo combustíveis com até 90% da substância — quando o limite legal é de 0,5%.


Falsificação de bebidas com metanol já gerou perdas de R$ 88 bilhões ao setor


De acordo com associação, depois do fechamento de distribuidoras ligadas ao PCC, parte do metanol foi migrado para o mercado de bebidas | Foto: Reprodução/Freepik


Segundo a ABCF, depois do fechamento de distribuidoras ligadas ao PCC, parte desse produto teria migrado para o mercado clandestino de bebidas, ampliando riscos à saúde e multiplicando lucros do crime.


A associação calcula que a falsificação gerou perdas de R$ 88 bilhões ao setor em 2024, sendo R$ 29 bilhões em sonegação e R$ 59 bilhões em faturamento ilegal. As investigações apontam que o metanol chegava ao Brasil pelo Porto de Paranaguá (PR), com documentação falsa, colocando em risco motoristas, pedestres e o meio ambiente.


O que fazer em suspeita de intoxicação


Em caso de suspeita de intoxicação, a recomendação é suspender a venda do lote, isolar os produtos, acionar a Vigilância Sanitária e preservar provas para análise.


Consumidores com sintomas como visão turva, dor de cabeça intensa e rebaixamento da consciência devem procurar atendimento médico imediato e contatar o Disque-Intoxicação (0800 722 6001). A venda de bebidas adulteradas é crime sujeito a prisão e multa.


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