"Violência como Serviço": Ransomware evolui para sequestro e ameaças físicas
Segundo o Relatório de Ameaças Europeu de 2025, elaborado pela empresa de cibersegurança Crowdstrike, os ataques de ransomware tiveram um aumento expressivo neste ano: apenas no velho continente, as organizações privadas e estatais viram esse tipo de crime crescer 13% em relação ao ano anterior. O país mais afetado foi o Reino Unido. O que é phishing e como se proteger? O que é Engenharia Social? Aprenda a identificar e se proteger de golpes O período estudado ficou entre setembro de 2024 e agosto de 2025 e incluiu vazamento de dados de 1.380 vítimas na Europa. Após a nação insular, os países mais afetados são Alemanha, Itália, França e Espanha, com os setores principais sendo manufatura, serviços profissionais, tecnologia, indústria, engenharia e varejo. Ransomware na Europa Desde janeiro de 2024, mais de 2.100 vítimas no continente europeu passaram por extorsão mediante vazamento de dados, com 92% passando por encriptação e roubo de informações. A região é, globalmente, a mais afetada após a América do Norte, acumulando 22% de todas as vítimas do mundo. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- A Jaguar Land Rover, empresa britânica de automóveis, teve as operações de fábricas paradas por ataque de ransomware este ano: Reino Unido é o país mais afetado por ataques do tipo no continente (Imagem: Economic Times/Brand Equity) Segundo a Crowdstrike, os grupos mais bem-sucedidos foram Akira (167 ataques), LockBit (162), RansomHub (141) e INC, Lynx e Sinobi (133 cada). Os alvos principais foram grandes companhias, o que é chamado de “big game hunting” (BGH, ou, em tradução livre, “caça de grandes presas”). Isso se dá, em partes, pela Europa acumular muitos empreendimentos lucrativos, além da geopolítica, já que a maioria dos grupos hackers são russos, de acordo com a empresa. Empresas europeias também estão sujeitas à Lei Geral de Proteção de Dados da UE, o que pode ser usado para convencê-las a pagar os resgates. Até 260 invasores iniciais foram vistos assumindo a autoria de mais de 1.400 organizações europeias no período. Os ataques mais comuns envolveram roubar credenciais de backups e configurações de restauração, encriptar arquivos remotamente, invadir sistemas não gerenciados e usar ransomwares Linux na infraestrutura VMware ESXi. O relatório também notou um aumento do vishing, phishing por voz, usado principalmente pelos hackers da Scattered Spider nas empresas M&S e Grupo Co-op. Ataques ClickFix, especialmente os que usam iscas de CAPTCHA, também aumentaram, bem como envenenamento de SEO. Por fim, foi relatado o uso de violência como serviço (VaaS), o que inclui ameaças físicas, incêndios criminosos, sequestros e extorsão. Muitos dos ataques estão ligados a criptomoedas, com 17 deles ocorrendo desde janeiro de 2024, a maioria (13) na França. Em janeiro de 2025, o co-fundador da empresa Ledger foi sequestrado, um exemplo do uso de violência para ataques do tipo. Confira também: Ferramenta de segurança vira arma de hackers para roubar senhas do Discord Campanhas de desinformação médica usam deepfakes de profissionais da saúde Proposta do governo prevê Anatel como agência de cibersegurança no Brasil VÍDEO | Como se proteger do ataque ransomware WannaCrypt Leia a matéria no Canaltech.
