Vídeo registrado na madrugada mostra auge da chuva de meteoros Leônidas; assista
Um vídeo que circula nas redes sociais desde a madrugada desta segunda-feira (17) mostra com clareza o auge da chuva de meteoros Leônidas, registrada na noite de domingo (16). As imagens exibem sucessivos rastros luminosos cruzando o céu, reflexo do momento mais intenso do fenômeno. Segundo o USA Today, a Leônidas permanece ativa desde 6 de novembro e seguirá visível até o fim do mês, conforme dados da Sociedade Americana de Meteoros (AMS).
Entenda: Chuva de meteoros Leônidas terá pico na madrugada de domingo para segunda em todo o mundo
A gravação confirma características clássicas da chuva: meteoros extremamente velozes — que podem alcançar 71 km/s — e bólidos, explosões de luz mais brilhantes, descritos pela NASA como típicos da Leônidas. De acordo com o USA Today, durante o pico foi possível observar de três a 15 meteoros por hora em céus escuros. Também podem surgir “rasadores de solo”, rastros longos e coloridos que aparecem próximos ao horizonte.
Assista:
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Apesar do espetáculo, especialistas reforçam que não houve tempestade de meteoros. A AMS, citada pelo USA Today, lembra que eventos desse tipo só ocorrem quando o cometa 55P/Tempel-Tuttle — responsável pelos detritos que formam a chuva — se aproxima mais intensamente do Sol, algo que ocorre a cada 33 anos. O último episódio significativo foi em 2002, e não há expectativa de nova tempestade antes de 2099. Ainda assim, 2031 deve registrar maior atividade, quando o cometa fizer novo retorno ao periélio.
A madrugada desta segunda também foi considerada propícia para observação. Com a Lua iluminando apenas 9% de sua superfície, a interferência luminosa foi reduzida. Isso quer dizer que os quatro cantos do mundo teve uma visão boa do fenômeno, especialmente em locais afastados dos centros urbanos. Para quem preferiu acompanhar de casa, transmissões ao vivo no YouTube e aplicativos de observação do céu também exibiram registros do fenômeno.
Segundo a NASA, a chuva de meteoros ocorre quando a Terra atravessa a trilha de partículas deixada pelo cometa 55P/Tempel-Tuttle, identificado em 1865 e 1866 pelos astrônomos Ernst Tempel e Horace Tuttle. Ao entrar na atmosfera, os fragmentos — chamados meteoroides — se vaporizam e criam os rastros luminosos conhecidos como “estrelas cadentes”. Fragmentos que atingem o solo passam a ser classificados como meteoritos.
A temporada de fenômenos astronômicos continua nas próximas semanas. As Geminídeas atingirão seu pico em 13 e 14 de dezembro, enquanto as Ursídeas serão mais visíveis entre 21 e 22 do mesmo mês. Já as Quadrântidas começam em 26 de dezembro e devem alcançar seu auge em 3 de janeiro de 2026. Como destacou o USA Today, o período promete manter o céu movimentado para observadores ao redor do mundo.
