Vídeo de Kennedy em barra fixa leva internautas a relembrar flexões de Bolsonaro e Heleno em São Paulo
O gesto de Robert F. Kennedy Jr. — secretário de Saúde dos EUA — ao realizar 20 barras fixas nesta segunda-feira (8), no Aeroporto Ronald Reagan, na Virgínia, não passou despercebido. A iniciativa, feita diante de passageiros e autoridades, visava promover a prática de atividade física como hábito de bem-estar antes de voos longos. A cena repercutiu nas redes sociais e gerou uma onda de comentários bem-humorados sobre o desempenho físico do secretário.
Assista: Robert Kennedy faz 20 flexões na barra fixa em aeroporto nos EUA para incentivar hábitos saudáveis antes de voos
O episódio acabou sendo colocado em paralelo com uma gravação de 2019 na qual o então presidente Jair Bolsonaro, o então governador de São Paulo João Doria e o general então à frente do GSI, Augusto Heleno, aparecem fazendo flexões durante um evento no Centro de Treinamento Paraolímpico, em São Paulo, ao lado de jovens da Polícia Militar.
No registro, divulgado à época pelas equipes dos envolvidos, Bolsonaro, Doria e Heleno realizam dez flexões em cerca de 20 segundos, ao lado de outros atletas, como forma de demonstrar vitalidade e compromisso com programas de inclusão social por meio do esporte — naquele contexto, em conjunto com a assinatura de um termo de apoio do governo estadual ao Comitê Paraolímpico Brasileiro.
Em 2019, o vídeo também foi comentado nas redes, mas em tom majoritariamente irônico. Entre as mensagens mais compartilhadas na época estavam frases como “Quando eu tô na academia e acho que o treino tá sendo executado errado, eu venho aqui e meu histórico de atleta fica no topo”, “Toda vez que estou triste venho assistir o Bolsonaro com a sua pescoflexão e já sorrio instantaneamente” e “O Bolsonaro tá parecendo uma foca”.
Relembre:
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A comparação entre os dois momentos gerou uma certa leitura sobre símbolos de força física usados como ferramenta de comunicação política, além de reavivar memes e comentários que já haviam marcado o episódio brasileiro em 2019.
Embora ambos os momentos envolvam autoridades em atividade física diante de câmeras, os contextos são distintos: no caso de Kennedy, trata-se de uma ação inserida em uma campanha voltada à saúde e ao bem-estar em viagens aéreas. Além disso, entre as reações, usuários escreveram frases como “o tiozinho é faca na caveira”, “tá bem treinado” e “tiozão tá bem, hein”, em tom de surpresa e admiração.
Já o vídeo brasileiro de 2019 remete a uma performance integrada a um compromisso público com inclusão e investimento social.
Montagem com os dois momentos
Captura de tela/Redes sociais
Em relação aos protagonistas, vale lembrar: Robert F. Kennedy Jr. é advogado e ativista ambiental, membro da tradicional família Kennedy, com forte passagem por causas relacionadas à saúde pública, meio ambiente e regulação de indústrias. Na transição para 2025, já atuando sob a administração de Donald Trump, assumiu o cargo de secretário de Saúde, adotando perfil voltado à promoção de hábitos saudáveis, concordando com a tradição familiar de visibilidade pública.
Do lado brasileiro, Jair Bolsonaro — condenado em processo sobre tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito — se encontra preso preventivamente, enquanto seguem em debate medidas legais que podem influenciar a duração de sua pena.
O general Augusto Heleno, condenado a 19 anos de prisão por sua participação no mesmo contexto. Já João Doria, que assumiu protagonismo em 2019 como governador e figura de destaque político, hoje está afastado da vida pública, sem cargos eletivos.
