Vendaval deixa 1,8 milhão de imóveis sem luz na Grande São Paulo
O vendaval que atingiu São Paulo nesta quarta já deixou pelo menos 1.844.357 imóveis da região metropolitana sem luz, afirma a concessionária Enel, que atende a maior parte dos municípios em questão. Esse número representa 27,7% do total de clientes da empresa de distribuição de energia na Grande São Paulo.
Apenas no município de São Paulo, são 1.168.611 de imóveis sem luz, o que corresponde a mais de 20% dos clientes atendidos pela Enel.
A Defesa Civil registrou rajadas de até 80 km/h nesta manhã. Só na capital, o órgão recebeu 57 chamadas por quedas de árvores entre a noite de ontem e o início da quarta-feira. Os bombeiros receberam 514 chamados.
O apagão ocorre sobretudo por falhas locais de ligação decorrentes de quedas de árvores e danos a postes em razão do forte vento. Parte dos locais com problema de desabastecimento já estava sem energia durante a madrugada, em razão das chuvas da noite passada.
Rajadas extremas: Ciclone extratropical leva ventos de até 87 km/h a cidades paulistas
A condição climática de São Paulo está ainda sob influência do ciclone extratropical que se formou no Atlântico Sul. Na manha desta quarta-feira, a capital amanheceu sem chuva, mas os ventos fortes continuaram.
Árvore caída na Avenida Rio Branco, na região central de SP, nesta quarta
Maria Isabel Oliveira / O Globo
Os municípios mais afetados por quedas de energia foram na parte oeste da região metropolitana. Em Pirapora do Bom Jesus, mais de 87% dos imóveis estavam sem luz às no início da tarde de hoje, segundo a Enel. Em Vargem Grande, 55% dos clientes chegaram a ficar sem energia e, em Cotia, 74%. Na capital, o número é de 20%, mas a concessionária não detalha o problema por bairro.
Em comunicado, a Enel informa que sua área de concessão segue sendo afetada por fortes rajadas ainda nesta tarde e que trabalha para restabelecer a energia nos locais afetados.
"Por causa dos ventos, em alguns pontos a rede elétrica é atingida por objetos e galhos, o que prejudica o fornecimento, além da queda de árvores", diz a nota. "Às 10h, a estação Mirante de Santana do Instituto Nacional dInmet registrou rajadas próximas de 80 km/h."
