Ucrânia reivindica ataque a petroleiros da frota fantasma russa no Mar Negro

 

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A Ucrânia reivindicou, neste sábado (29), a responsabilidade pelo ataque a dois petroleiros no Mar Negro. O país afirma ter atingido navios da "frota fantasma russa", usada por Moscou para contornar as sanções ocidentais com drones navais.

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Uma fonte do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) informou à AFP que os petroleiros Kairo e Virat foram atingidos por drones Sea Baby durante uma operação conjunta entre o SBU e a Marinha ucraniana. Segundo a fonte, as embarcações estavam vazias no momento do ataque e seguiam para o porto russo de Novorossiysk para reabastecer.

Escândalo de corrupção

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta sexta-feira (28), que seu chefe de Gabinete, Andriy Yermak, renunciou ao cargo após investigadores realizarem buscas na casa dele como parte de uma ampla investigação de corrupção. A crise acontece em um momento em que Kiev enfrenta grande pressão dos Estados Unidos para aceitar um acordo de paz que ponha fim à guerra com a Rússia, em cujas negociações Yermak exercia um papel central. Considerado o braço direito do presidente, Yermak ocupava o cargo desde 2020, dois anos antes do início da invasão russa à Ucrânia.

— Não quero que ninguém tenha dúvidas sobre a Ucrânia hoje. Portanto, temos as seguintes decisões internas. Primeiro, haverá uma reformulação do Gabinete da Presidência da Ucrânia. O chefe do Gabinete, Andriy Yermak, apresentou sua carta de demissão — disse Zelensky em um pronunciamento em vídeo, acrescentando que realizará consultas com um possível substituto no sábado.

Desde o início da invasão russa, há quase quatro anos, Yermak liderou várias rodadas de negociações com os americanos em Washington, bem como no último fim de semana em Genebra com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Mesmo com as negociações para encerrar a guerra atraindo a atenção na Ucrânia e no exterior, a investigação de corrupção pairava sobre Yermak e um segundo negociador ucraniano, Rustem Umerov, que foi interrogado esta semana por detetives em Kiev após retornar de Genebra.