Tensão nas Coreias: Pyongyang dispara foguetes antes de visita de alto escalão dos EUA
A Coreia do Norte lançou vários foguetes de artilharia uma hora antes da visita do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, na segunda-feira à fronteira do país com a Coreia do Sul, informou nesta terça o Exército de Seul à AFP.
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Pyongyang também disparou na semana passada projéteis similares minutos antes de uma reunião do presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, com seu o homólogo chinês, Xi Jinping, afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.
A instituição afirmou que detectou "quase 10 foguetes de artilharia disparados em direção à parte norte do Mar do Oeste", nome utilizado por Seul para identificar o Mar Amarelo. Os projéteis foram disparados por volta das 15h (3h de Brasília) de sábado e às 16h (4h de Brasília) de segunda-feira.
"As autoridades de inteligência da Coreia do Sul e dos Estados Unidos estão analisando minuciosamente os detalhes dos projéteis", acrescentou o Estado-Maior sul-coreano.
Hegseth visitou na segunda-feira a fronteira entre as duas Coreias, o primeiro chefe do Pentágono a seguir para o local em oito anos. Ele percorreu Panmunjom, a simbólica aldeia de trégua onde as tropas dos dois lados coexistem frente a frente, após fazer uma parada no posto de observação Ouellette, que domina a zona desmilitarizada.
Hegseth e seu homólogo sul-coreano, Ahn Gyu-back, "reafirmaram a sólida postura de defesa conjunta e a estreita cooperação entre Coreia do Sul e Estados Unidos", informou o Ministério da Defesa de Seul em um comunicado.
A viagem de Hegseth aconteceu depois que não prosperou a ideia de uma reunião entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a viagem do republicano na semana passada pela Ásia. Trump, no entanto, indicou que está disposto a "retornar" para um futuro encontro com Kim.
No sábado, Lee se reuniu com o mandatário chinês Xi à margem da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) e fez um apelo para que ajude Seul a "retomar o diálogo" com o Norte.
