Suprema Corte dos EUA autoriza temporariamente novo mapa eleitoral do Texas que favorece republicanos

 

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A Suprema Corte dos Estados Unidos permitiu temporariamente que o Texas utilizasse seu novo mapa eleitoral para o Congresso, mais favorável aos republicanos, para as eleições de meio de mandato de 2026. Decisão desta sexta-feira aliviou os republicanos, incluindo o presidente Donald Trump, que tenta garantir cinco cadeiras adicionais no Congresso antes do pleito.

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O Partido Republicano busca criar cinco novos distritos eleitorais no Texas — onde provavelmente venceria —, o que tornaria ainda mais difícil para os democratas retomarem o controle do Congresso e conterem o poder de Trump.

A decisão acata o pedido do Texas para usar o novo mapa eleitoral, suspendendo temporariamente o bloqueio imposto por um tribunal inferior na última terça-feira e dando mais tempo para que juízes da Suprema Corte analisem o caso.

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Na última terça-feira, o Tribunal Federal de El Paso, no Texas, rejeitou o novo mapa eleitoral, argumentando que ele envolvia viés racial, um revés para a investida agressiva dos republicanos e de Trump para conquistar cadeiras democratas no estado. Na Califórnia, governada por democratas, um novo mapa eleitoral também já foi aprovado — e igualmente criaria cinco novos distritos favoráveis ao partido.

Esta derrota judicial no Texas foi o mais recente desafio para o esforço do presidente em redesenhar os mapas dos distritos eleitorais estaduais para favorecer os republicanos na corrida para as eleições de meio de mandato do ano que vem. Na semana passada, os republicanos de Indiana também rejeitaram o pedido do presidente para que redesenhassem os distritos eleitorais.

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A disputa sobre o mapa eleitoral do Texas é também a mais recente de uma série de contestações relacionadas a votação e eleições que os juízes enfrentam. Em outubro, eles analisaram uma contestação ao mapa eleitoral do Congresso da Louisiana. Nesse caso, um grupo de eleitores brancos argumentou que o novo mapa do estado, redesenhado após o último Censo para incluir um segundo distrito de maioria negra, era uma manipulação eleitoral racial ilegal que violava a garantia constitucional de igualdade perante a lei.

A decisão sobre o caso é esperada até o final de junho ou início de julho e poderá influenciar a forma como o tribunal encara o recurso apresentado no Texas. Lá, os autores da ação argumentam que, mesmo ao tentarem criar novos distritos para obter vantagem partidária, os legisladores, na verdade, manipularam os distritos eleitorais com base em critérios raciais.

(Com AFP e The New York Times)