Roubo no Louvre: Ilustrações reconstroem como criminosos usaram guindaste para entrar no museu e escapar em 7 minutos

 

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Eram 9h30 (horário local) quando criminosos invadiram o Museu do Louvre, em Paris, e realizaram um dos roubos mais audaciosos da história recente da França. Usando um guindaste acoplado a um caminhão, o grupo alcançou uma janela lateral do primeiro andar da Galeria Apolo — onde ficam expostas as joias da coroa francesa — e entrou no museu mais visitado do mundo neste domingo.

Roubo no Louvre: Primeiras imagens revelam ação dos assaltantes no museu; veja vídeo

Saiba mais: saiba quais joias da realeza francesa avaliadas em milhões de euros foram levadas em ação de sete minutos; veja fotos

Roubo no Louvre: Ilustrações reconstroem como criminosos roubaram o museu

Arte O Globo

1. O guindaste: a entrada improvável

Por volta das 9h30 da manhã, os criminosos posicionaram um guindaste acoplado a um caminhão na lateral do Louvre, voltada para o rio Sena. Disfarçados de operários, usavam coletes amarelos para não chamar atenção. O equipamento foi usado para alcançar o primeiro andar do prédio histórico.

Roubo no Louvre: Ilustrações reconstroem como criminosos roubaram o museu

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2. A janela: ponto de invasão

Com o guindaste, dois dos ladrões conseguiram acessar uma janela lateral da Galeria Apolo, onde ficam as joias da coroa francesa. A entrada foi feita de forma rápida e precisa, sem disparar alarmes de imediato.

Roubo no Louvre: Ilustrações reconstroem como criminosos roubaram o museu

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3. Acesso interno pelo elevador de carga

Dentro do museu, os invasores usaram um elevador de serviço para descer até a área das vitrines principais.

Primeiras imagens revelam ação dos assaltantes no museu; veja vídeo

Primeiras imagens do assalto

As primeiras imagens do assalto ao Museu do Louvre, em Paris, vieram à tona nesta segunda-feira e mostram a precisão com que os criminosos agiram. Disfarçados de funcionários, os ladrões forçaram uma vitrine da Galeria Apollo (vídeo abaixo), onde ficam as joias da coleção de Napoleão III, e fugiram levando oito peças de valor histórico e patrimonial inestimável.

Roubo no Louvre: Ilustrações reconstroem como criminosos roubaram o museu

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4. O roubo: ação em sete minutos

Já na galeria, os criminosos quebraram as vitrines com ferramentas de precisão e recolheram oito joias do século XIX, entre tiaras, colares e broches da realeza francesa. O alarme foi acionado, mas eles não se abalaram — nenhum tiro foi disparado e a ação durou apenas sete minutos.

Roubo no Louvre: Ilustrações reconstroem como criminosos roubaram o museu

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5. A fuga

Com o material roubado em mochilas, os quatro ladrões deixaram o museu pelas mesmas janelas por onde entraram e fugiram em duas motocicletas que os aguardavam do lado de fora.

As joias

Entre as oito joias levadas, todas do século XIX, estão tiaras, colares, broches e brincos da antiga realeza francesa. Uma das peças — a coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas — foi encontrada danificada nas imediações do museu.

Outros itens continuam desaparecidos, como o colar de safiras da rainha Maria Amélia e o conjunto de esmeraldas da imperatriz Maria Luísa, segunda esposa de Napoleão Bonaparte. O diamante Regent, avaliado em cerca de R$ 377 milhões, não foi levado.

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As autoridades francesas trabalham com várias hipóteses. A promotora Laure Beccuau confirmou que a polícia analisa imagens de segurança e investiga a possível participação de funcionários do museu.

— Não descartamos nenhuma linha de investigação. É possível que o crime tenha sido encomendado por um colecionador — disse.

O ministro do Interior, Laurent Nuñez, admitiu falhas no sistema de segurança e descreveu o episódio como “um golpe duro à imagem da França”. Um relatório do Tribunal de Contas já havia alertado, entre 2019 e 2024, para o atraso “persistente” na modernização dos equipamentos de vigilância do museu.