Roubo no Louvre: Colar levado de museu foi usado pela bisneta de dom Pedro II
A princesa Isabel d’Orleans, bisneta de dom Pedro II, foi a última pessoa a usar em público uma das joias roubadas no Museu do Louvre, em Paris, neste domingo. Trata-se de um colar de safiras que pertenceu à rainha Maria Amélia da França, esposa do rei Luís Filipe I.
Roubo no Louvre: saiba quais joias da realeza francesa avaliadas em milhões de euros foram levadas em ação de sete minutos; veja fotos
Do Louvre ao Japão: Roubo em Paris reacende casos de Picasso, Van Gogh e joias que desapareceram sem deixar rastro; relembre casos
Segundo o historiador Paulo Garcez Marins, diretor do Museu do Ipiranga, o colar carrega não apenas um valor material, mas também histórico, já que passou entre gerações da família Orleans até chegar à condessa de Paris, descendente da Casa Imperial Brasileira.
— Esse item roubado passou entre os descendentes da família Orleans até chegar na condessa de Paris — afirmou Marins em entrevista a rede CNN, lembrando que Isabel d’Orleans foi a última proprietária da joia antes de sua venda ao Louvre, em 1985.
O museu descreve o colar como composto por oito safiras de diferentes tamanhos e 31 diamantes, com correntes articuladas que demonstram alta sofisticação técnica. A peça integra a “parure” de safiras originalmente usada pela rainha Hortense, filha de Napoleão Bonaparte, e depois herdada por suas descendentes.
Os vínculos familiares reforçam a ligação entre a realeza europeia e a brasileira. Maria Amélia da França teve um filho, François d’Orleans, príncipe de Joinville, que se casou com a princesa Francisca de Bragança, irmã de dom Pedro II.
