Rio Acre tem maior cheia dos Ășltimos 50 anos, afeta mais de 20 mil pessoas no estado e 758 deixam suas casas
A cheia histĂłrica do Rio Acre, que nasce no Peru e atravessa o estado do Acre, deixou pelo menos 758 pessoas desabrigadas ou desalojadas, segundo boletim do governo estadual. SĂŁo mais de 20 mil pessoas atingidas e cinco municĂpios entraram em situação de emergĂȘncia, incluindo a capital Rio Branco.Â
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Nessa terça (30), o nĂvel do rio recuou seis centĂmetros, e teve marca de 15,35 metros em Rio Branco. Apesar da vazante, a situação continua grave. Em seu boletim, o governo do Acre informou que essa Ă© a maior cheia dos Ășltimos 50 anos. Por isso, foi montada uma força tarefa com diferentes ĂłrgĂŁos e instituiçÔes para assistir os atingidos e reduzir riscos.
A cheia ocorreu apĂłs fortes tempestades. Em dezembro, o acumulado de chuvas chegou a 483 milĂmetros, volume 97% superior Ă mĂ©dia esperada para o perĂodo, de 265 milĂmetros. Somente nos Ășltimos quatro dias, o acumulado foi de 246 milĂmetros. No sĂĄbado, o Rio Acre superou sua cota de transbordamento, ao registrar nĂvel de 14,17 metros.
O governo decretou situação de emergĂȘncia de nĂvel 2 nos municĂpios de FeijĂł, PlĂĄcido de Castro, Rio Branco, Santa Rosa do Purus e TarauacĂĄ, por causa das inundaçÔes. O decreto, assinado na segunda (29) pela governadora em exercĂcio, Mailza Assis, tem validade de 180 dias.Â
Segundo o boletim da Defesa Civil da manhĂŁ desta terça (30), hĂĄ pelo menos 758 pessoas fora de suas casas, distribuĂdas em 241 famĂlias. Destas, 443 estĂŁo em abrigos do estado e 315 em casas de parentes, amigos ou hospedagens.
