Bingo de 2026: 10 previsões ousadas e absurdas para o próximo ano nos games

 

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Se 2025 foi um ano de transição para o mercado de games, 2026 promete ser o divisor de águas definitivo. Ele reserva muitas promessas e expectativas, que podem ser grandes demais para muitos.  15 atitudes anticonsumidor nos games em 2025 Unreal Engine 5: 2026 pode ser o ano do fotorrealismo sem travamentos? Dentro das possibilidades, é possível especular que algumas movimentações abalarão por completo as estruturas da indústria e mexerão no que foi consolidado nos últimos anos. Talvez, em toda a última década. Quer saber o que precisará anotar no seu bingo de previsões nos games para 2026? Nós, do Canaltech, ajudaremos você nesta tarefa para que saiba o que esperar e o que seria uma loucura completa. Confira: -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- 10. 30 anos com Pokémon Waves & Pokémon Winds Não é mistério para ninguém que a Game Freak celebrará os 30 anos da franquia Pokémon com 2 novos títulos: supostamente Pokémon Waves & Pokémon Winds. Espere por novas criaturas, região inédita, personagens interessantes (ou nem tanto assim) e muito mais. Porém, sua expectativa não deve ficar apenas ali. Também espere muitos bugs e um projeto basicamente “inacabado” em seu lançamento. É importante lembrar que os rumores apontam que a Game Freak usará um novo motor gráfico nesta experiência — o que quase nunca significa algo bom dentro da franquia. Claro, como fãs, vamos nos empolgar com o que eles mostrarem. Porém, todos sabemos que na prática ficará aquém do que é esperado para o aniversário. Em 10 anos, Pokémon Diamond & Pokémon Pearl não entregaram tudo o que o Nintendo DS podia oferecer. Nos 20, Pokémon Sun & Pokémon Moon de 3DS também não. Pode não ser uma tragédia como Pokémon Scarlet & Pokémon Violet, ou tão limitado quanto Pokémon Legends Z-A, mas a quem queremos enganar: na hora que forem destacados Charizard, Mewtwo, Snorlax e outras figurinhas carimbadas da franquia, a empolgação se transformará em frustração. Pokémon não promete um caminho glorioso em 2026 (Imagem: Reprodução/The Pokémon Company) 9. Half-Life 3 será enfim confirmado Com a chegada do Steam Machine, o tão esperado Half-Life 3 virá em conjunto. Ou ao menos é o que todos esperamos, não é? A Valve não desapontará os fãs na chegada de um dos seus dispositivos mais importantes desta década, certo? Pode ser que sim, mas confia que em algum canto daquele estúdio enorme tem ao menos UM ser humano que trabalha no próximo capítulo da franquia. E há muito tempo, diga-se de passagem. Provavelmente em segredo, também é bom se atentar. Brincadeiras à parte, é importante notar que a Valve não é burra ou surda. Ela ouve a comunidade (quando quer). Counter-Strike 2 existir é a prova viva de que eles estão atentos aos jogadores e podem atender aos seus pedidos — mesmo que demore mais de 20 anos, como é o caso da franquia Half-Life.  Não digo que Half-Life 3 terá um lançamento simultâneo com o Steam Machine, pois isso pode ser ainda mais absurdo que o conceito que nos trouxe este bingo 2026 dos games. Porém, ele será anunciado com (quase) toda a certeza. Você consegue sentir também? 12 anos depois, a sequência de Half-Life 2 é certa para 2026 (Imagem: Divulgação/Valve) 8. God of War ressurgirá das cinzas A franquia God of War celebrou 20 anos em 2025 e tudo o que a Sony e a Santa Monica Studio ofereceram aos jogadores apenas um controle de design questionável para o PlayStation 5. Já está mais do que na hora de trazer Kratos de volta, com novos inimigos e uma jornada inédita para os seus consoles. A desenvolvedora já trabalha em algo, só não se sabe se é um remake ou a sequência direta de God of War Ragnarök — lançado em 2022. E não ter algo pronto para as duas décadas da franquia é vergonhoso, mas este bingo 2026 lhe diz que isto mudará em breve. O próximo ano no PS5 continua lamentável, para dizer o mínimo. Não vamos desmerecer Marvel’s Wolverine e Phantom Blade Zero, mas já tivemos uma época em que a tonelada de estúdios que eles compraram ao longo dos anos soltava “uma bomba” por bimestre. Era um sucesso de vendas atrás do outro. Saber que existem apenas 2 carros-chefes (e apenas 1 deles é garantia de vendas pela marca associada) não é algo que vemos a Sony deixar passar por mais um ano — como é desde 2024, é bom relembrar. E se tem um personagem que move multidões, é o nosso querido “bom de guerra”.  Kratos já passou muito tempo longe dos games e pode brilhar, mesmo após uma festa mixuruca de 20 anos (Imagem: Divulgação/Sony) 7. Integração entre a PSN e o Steam Por falar na companhia japonesa que colocou o PlayStation nas nossas vidas, já demorou para ela realizar uma integração digna com o Steam para os jogos lançados em ambas as plataformas. Como assim? Com cross-play, cross-save e cross-buy. E todos esses "cross" servem para o seguinte: multiplayer integrado entre o PS5 e PC; salvamento em nuvem compatível nas duas plataformas (imagina parar no console e continuar a aventura no Steam Deck, por exemplo) e comprar apenas uma versão do jogo e eles ser disponibilizado em ambos os sistemas. Pode ser o famoso “pedir muito”, mas se levar em consideração que a Microsoft já incluiu os games do Steam, GOG e outros em seu próprio sistema, é hora da Sony tentar recuperar parte desse protagonismo para não ficar tão atrás na concorrência. E este é um bom primeiro passo. Alguns indicadores já apontam para uma integração maior entre o PlayStation e a plataforma da Valve, porém se isso vai sair do papel algum dia continua em sigilo. A Sony se mantém em silêncio, sem prometer nada, mas também sem oferecer um pouco de esperança aos seus usuários. Já está na hora de integrar a PSN ao Steam em definitivo (Imagem: Divulgação/Sony) 6. Ubisoft vai descongelar diversos projetos Todos vimos que a Ubisoft não anda bem nestes últimos anos. Avatar: Frontiers of Pandora, Star Wars Outlaws, Assassin’s Creed Shadows, Skull & Bones e diversos jogos recentes da companhia não trouxeram o ápice de vendas que eles sonharam e chegou a hora de mostrarem o que os tornou um dos principais estúdios do planeta. Em contrapartida, há diversos projetos na geladeira que poderiam ter dado um respiro maior dentro destas falhas: como o remake de Prince of Persia e até Beyond Good & Evil 2 — que foram prometidos há anos e seguem sem uma previsão de lançamento. Além deles, está na hora da francesa tirar da cartela trunfos como o desejado remake de Assassin’s Creed IV: Black Flag, o retorno de Tom Clancy’s Splinter Cell (para pegar embalo com a animação recente da Netflix) e algo para os fãs de Far Cry. Tudo isso, ao mesmo tempo, pode fazer a comunidade lembrar da sua importância dentro da indústria dos games. Não é algo pelo qual recomenda-se apostar todas as fichas no bingo 2026 e seria um absurdo eles seguirem este caminho, mas não é impossível. Demorou tanto para mostrar algo que, se vir tudo de uma vez, quem sabe não faça bem para eles e para aqueles que tanto esperaram por este momento? A Ubisoft tem vários jogos na geladeira, basta adiantá-los para abalar novamente as estruturas (Imagem: Reprodução/Ubisoft) 5. Netflix vai piorar os jogos da Warner Bros. Games Se a Warner Bros. Games já ia de mal a pior, acredite, ficará mais feio. A aquisição da Netflix da Warner Bros — que inclui o estúdio de jogos — derrubará ainda mais a reputação da companhia e pode botar fé que esta é a previsão “menos ousada” de todo este texto. Exceto por Hogwarts Legacy 2 (que duvido que eles vão mexer) e por LEGO Batman: Legacy of the Dark Knight (previsto para ser lançado antes da conclusão da aquisição do grupo midiático), todos os demais projetos serão uma tragédia anunciada. O erro da Netflix neste mercado é conceitual. Diversos profissionais da indústria já trabalharam para eles, mas nenhum projeto impactante atingiu os fãs ao longo dos anos. Não é culpa dos criadores, mas sim do que eles exigem que seja feito, com tempo limitado e em muitos casos presos a adaptações de seus filmes e séries. Saber que eles agora têm em suas mãos franquias como Mortal Kombat, toda a linha DC, Looney Tunes e outras não é, nem de longe, um sinal positivo. No lugar de Ed Boon e da NetherRealm Studios, inclusive, eu buscaria fugir desta situação o mais rápido possível.  Ore a Liu-Kang pela franquia Mortal Kombat, eles vão precisar (Imagem: Divulgação/Warner Bros. Games) 4. Microsoft vai queimar a largada da next-gen A Microsoft demonstra sinais claros de ansiedade estratégica. Após gastar todo seu dinheiro em aquisições como Bethesda e Activision Blizzard, eles buscam retorno de todas as formas possíveis (e tem falho). A comunicação confusa e contraditória, o fim da exclusividade de seus títulos e os aumentos expressivos do preço do Xbox Game Pass foram só a ponta do iceberg. Com o Steam Machine, que promete ser a mistura perfeita entre PC e console (igual a proposta da companhia para o Xbox Magnus), ela vai querer agir para não perder os poucos fãs que ainda estão ao seu lado. O resultado disso, muito possivelmente, será a revelação precoce do seu próximo videogame. Porém, não confunda um aceno promissor com o disparo de um sinalizador. Adiantar as coisas pode significar um erro fatal para toda a sua proposta e causar o que tanto temem: o fim da produção de consoles. O Steam Machine lançará em 2026 como híbrido entre PC e console. Se for bem, a Microsoft já estará atrasada. Se for mal, o novo Xbox já representará uma ideia ruim antes mesmo de ser lançado. Se anunciarem antes, no ritmo que estão de dizer X e fazer Z, a Sony pode usar estes erros para impulsionar ainda mais o PS6. É um xadrez ingrato e a Microsoft precisa jogar bem. O cheiro do Xbox Magnus já pode ser sentido de longe (Imagem: Reprodução/Xbox Era) 3. Final Fantasy VII Remake Pt.3 não lança em 2026 Todos esperam que Final Fantasy VII Remake Pt.3 chegará em 2026 no PlayStation 5 e vai concluir a trilogia com chave de ouro. Porém, este não parece ser o plano da Square Enix e da sua equipe de desenvolvedores. O próximo capítulo pode estar um pouco mais distante do que pensa. Do primeiro ao segundo, levou-se 4 anos. Em 2026, teremos apenas dois de distância entre os lançamentos — de um projeto que precisa ter uma escala ainda maior (não de mapa, mas sim de eventos, cenas dramáticas, conflitos que causam impacto entre outros). E isto não se constrói da noite para o dia. Produzir um jogo é mais do que reutilizar os mesmos modelos de personagens, elementos do mapa e cenários e tudo mais em suas sequências. Com muita honestidade, é mais fácil eles anunciarem e lançarem Dragon Quest XII neste período do que o fim da aventura de Cloud. O mesmo vale para Kingdom Hearts IV, que deve permanecer mais algum tempo na geladeira. Demoraram 14 anos entre o 2º e o 3º, enquanto teremos apenas sete de distância em 2026 desde o último capítulo numerado. Podemos estar equivocados, mas não nutra esperança. Se acalme, o 3º capítulo de Final Fantasy VII Remake não tem sequer um teaser (Imagem: Divulgação/Square Enix) 2. Exclusividade de jogos PlayStation vai ruir A Sony ensaia lançar seus jogos em outras plataformas há algum tempo. LEGO Horizon Adventures chegou ao Nintendo Switch em 2024. Helldivers 2 seguiu para o Xbox em 2025. Diversas experiências já são disponibilizadas no PC há ao menos dois anos. O palco já foi montado para o fim da exclusividade no PlayStation. Tudo o que a companhia precisa fazer é entrar nele em definitivo. Ninguém espera por lançamentos simultâneos ou algo do tipo, mas chegou o momento de expandir suas asas e deixar que suas aventuras estejam disponíveis em outras plataformas — nem que sejam algumas e de forma esporádica. Os executivos da Sony podem até decidir por um modelo mais híbrido, com títulos como God of War, The Last of Us, Marvel’s Spider-Man e poucos outros presos em sua plataforma; enquanto todos os demais chegam no Xbox e Nintendo Switch 2. Este último é uma excelente questão, diga-se de passagem. Especula-se que os testes de eficiência energética no PS5 sejam, na verdade, preparativos para testar recursos de um futuro PlayStation 6 portátil. No entanto, a ideia também pode ser usada para criar port de suas experiências otimizadas no videogame mais recente da Big N também. Quem sabe? A Sony precisa derrubar as muralhas da exclusividade de seus jogos PlayStation (Imagem: Divulgação/Insomniac Games) 1. Games e consoles muito mais caros  Jogar nunca foi um hobby barato, mas preparem os bolsos que a pancada vai ser ainda mais forte em 2026. A crise no mercado de memórias RAM e armazenamentos já mostra que consoles, PCs e diversos outros dispositivos eletrônicos terão um aumento de preço expressivo de 2026 em diante. Porém, não são os únicos fatores que pesam nesta equação. Problemas geopolíticos, como as tarifas dos Estados Unidos, também reforçam um valor agregado maior para diversos produtos e lhe pergunto: há expectativas para que o próximo ano a situação melhore?  O mesmo vale para os jogos eletrônicos, ou você já se esqueceu que a Rockstar e a Take-Two Interactive sondam vender GTA 6 por US$ 100? A situação se tornou absurda que tem fãs brasileiros que já esperam um preço sugerido de R$ 600 em nosso país. E pior, eles pagariam isso. Mario Kart World, de Switch 2, elevou a margem para US$ 80 (R$ 500 no Brasil). Não estranhe ver grandes estreias no próximo ano testarem valores maiores para entender os limites do público. E há quem diga “é só não comprar”, mas sabemos que são justamente os casos dos quais batem recordes de vendas e viram padrão dentro da indústria dos games. Não deixe o rosto de Lucia te enganar, GTA 6 pode chegar a US$ 100 ou R$ 600 (Imagem: Divulgação/Rockstar) Como está seu bingo 2026 para os games? Batemos na tecla de alguns temas neste bingo 2026 para o mundo dos games, mas ainda há muitas dúvidas que ainda cercam os meses que virão. A integridade da aquisição da Electronic Arts, aplicação massiva de inteligência artificial nos jogos eletrônicos e uma ascensão ainda maior dos estúdios independentes são eventos que devem ser observados. A verdade é que o próximo ano será decisivo para este mercado, de todas as formas possíveis. Não apenas pelo lançamento de GTA 6, mas também de modo que deve ser um período de “vai ou racha”. Algumas práticas serão consolidadas, outras definitivamente mudarão de direção e a esperança é que isso leve para um lado mais positivo — ainda que não haja fé nisso. Além disso, o que será visto ali é que ditará o caminho das próximas gerações. Na porta de um Xbox Magnus e PlayStation 6, tudo o que for feito e visto em ambas as plataformas será o “normal” em um breve futuro. Dito isso, aperte bem os cintos que a viagem passará por turbulências.  Leia também no Canaltech: Novembro registra a menor venda de consoles e mídia física em 30 anos Cadê a retrospectiva do Xbox? Microsoft cancela resumo por motivo bizarro Retrospectiva Steam 2025 já chegou: veja o que você mais jogou neste ano Leia a matéria no Canaltech.