Relatório aponta 51 padres ligados a casos de abuso sexual em Igreja Católica nos EUA
O gabinete do procurador-geral de Michigan divulgou nesta segunda-feira o quinto de sete relatórios sobre abusos cometidos por membros do clero da Igreja Católica no estado, desta vez com foco na Diocese de Grand Rapids. O documento reúne alegações de má conduta sexual contra crianças e adultos desde 1950 na região oeste.
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Segundo o relatório, 51 indivíduos ligados à diocese foram citados em investigações conduzidas pelo Departamento de Justiça estadual e pela Polícia Estadual de Michigan. Desse total, 37 são conhecidos ou presumidos como mortos. Dos 14 que ainda estariam vivos, nenhum exerce atualmente atividades ministeriais na Diocese de Grand Rapids, afirmou a rede americana CBS News.
O bispo local, David John Walkowiak, nomeado em 2013, divulgou um pronunciamento em vídeo e concedeu entrevista coletiva para comentar o relatório. Ele pediu desculpas públicas às vítimas.
— Ofereço minhas mais profundas e sinceras desculpas. Lamento que um líder religioso em quem vocês confiaram tenha abusado de seu poder e de vocês — afirmou.
A investigação estadual teve início em 2018 e envolveu a análise de milhões de documentos físicos e digitais, além de informações recebidas por uma linha direta criada para denúncias. Até o momento, o trabalho resultou em 11 acusações criminais em nove casos diferentes em todo o estado.
De acordo com o procurador-geral, todas as sete dioceses católicas de Michigan cooperaram com as apurações. O objetivo, segundo o gabinete, é garantir que falhas do passado na comunicação de abusos não voltem a se repetir.
O relatório detalha nomes dos envolvidos, datas de ordenação, período de atuação na diocese, descrições das condutas investigadas, além de registros de afastamento do ministério ou falecimento. Nenhum dos casos criminais resultantes da investigação ocorreu especificamente na área de Grand Rapids.
Walkowiak afirmou que a maioria dos episódios listados ocorreu antes de 1979 e destacou mudanças adotadas pela Igreja Católica nos Estados Unidos a partir de 2002, como a obrigação de comunicar imediatamente suspeitas de abuso às autoridades civis, além de exigências de checagem de antecedentes e treinamento para todos que trabalham com crianças.
