'Preterido' pelo Nobel, Trump recebe novo prêmio da Paz da Fifa durante sorteio de grupos da Copa do Mundo

 

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Dois meses depois de ouvir com desgosto e desdém que não foi o vencedor do Nobel da Paz de 2025, o presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu o recém-criado Prêmio Fifa pela Paz, pouco antes do sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2026, a ser realizada nos Estados Unidos, México e Canadá. Apesar do futebol não fazer parte da lista de esportes mais conhecidos dos americanos, Trump tem intensificado os laços com a Fifa e parece disposto a usar o torneio como plataforma política no ano que vem.

A premiação foi criada no mês passado, e será destinada a pessoas que “realizaram ações excepcionais e extraordinárias pela paz”, e que “uniram pessoas ao redor do mundo”.

Em um mundo cada vez mais instável e dividido, é fundamental reconhecer a contribuição excepcional daqueles que trabalham arduamente para acabar com conflitos e unir as pessoas em um espírito de paz”, disse Gianni Infantino, em comunicado. “[O prêmio] reconhecerá os enormes esforços daqueles que unem as pessoas, trazendo esperança para as futuras gerações."

Receber o Nobel da Paz é uma obsessão antiga de Trump, que o acompanha desde seu primeiro mandato, mas que ganhou força em seu retorno à Casa Branca, com o discurso de grande pacificador e uma longa de controversa lista de conflitos resolvidos: segundo ele, foram oito até hoje, incluindo uma guerra de 12 dias entre Israel e Irã que terminou após bombardeios americanos contra instalações nucleares iranianas. Trump também se gaba de ter levado ao cessar-fogo na Faixa de Gaza, mas constantes violações da trégua e a demora no estabelecimento de planos para o futuro do enclave põem em xeque a iniciativa a médio e longo prazo.

Ao mesmo tempo, Trump não conseguiu cumprir uma de suas promessas de campanha, encerrar a guerra na Ucrânia, iniciada em 2022 e cujas negociações sobre um acordo correm em ritmo lento. A crescente presença militar no Caribe, onde os Estados Unidos deslocaram um grande contingente de ataque naval e aéreo, é tratada oficialmente como uma operação contra o narcotráfico, mas o regime de Nicolás Maduro na Venezuela acredita que o plano da Casa Branca seja derrubá-lo. E a retórica anti-imigração de Trump, acompanhada por declarações xenófobas, fazem muitos questionarem a imagem do homem da paz propaganda pela Casa Branca.

Quando o Comitê do Nobel anunciou que a opositora venezuelana María Corina Machado era a ganhadora do prêmio em 2025, Trump não escondeu sua insatisfação — na ocasião, a Casa Branca disse que a escolha priorizou “a política ao invés da paz”. Para líderes que buscam sua atenção,

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