Presidente em exercício da Alerj joga possibilidade de novas eleições para comando da Casa apenas para 2026
O deputado Guilherme Delaroli (PL), presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, avisou a deputados ouvidos pela coluna que quer limpar a imagem da Alerj e ter um final de ano tranquilo antes do recesso, daqui a 10 dias. Fontes avaliam que uma nova eleição para presidência da Casa vai depender do andamento das investigações contra Rodrigo Bacellar, afastado do comando da Alerj por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e só ocorreria em fevereiro do ano que vem, no retorno dos trabalhos para 2026.
Sob o impacto da prisão de Bacellar e o burburinho nos corredores de que outras ações da Polícia Federal virão, os deputados vão votar as contas do governo Cláudio Castro (PL) em 2022 e 2023, a adesão do estado do RJ ao programa de renegociação de dívidas feito pelo governo federal (Propag), o Orçamento de 2026 e uma série de matérias vetadas pelo governador que serão analisadas por Cláudio Castro.
Delaroli, que ainda está se acostumando à presidência da Alerj, vem buscando apoios para terminar o ano em alta. Ele representa um novo grupo político: menos ligado a Bacellar, e sim ao presidente do PL, deputado federal, Altineu Côrtes.
O cenário político do Rio de Janeiro é absolutamente incerto. O governador Cláudio Castro, se for candidato ao Senado, deve sair do Palácio Guanabara até abril. Como o Rio não tem mais vice (Thiago Pampolha foi para o Tribunal de Contas do Estado), caberia ao presidente da Alerj assumir o cargo e convocar eleições indiretas: um novo governador seria escolhido para um mandato tampão até o fim de 2026.
Bacellar se preparou por um ano para ser, ele, o responsável por convocar eleições e para assumir o cargo na eleição indireta. Após ser preso pela Polícia Federal, ele deixa na linha sucessória de Castro apenas o presidente do Tribunal de Justiça, Ricardo Couto. E paira, ainda, sobre a política do estado, o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral que pode cassar Bacellar e Castro. Fortes emoções por vir.
