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Presidente do Nepal dissolve Parlamento e convoca eleições para 2026 após protestos

A ex-presidente da Suprema Corte do país Sushila Karki foi escolhida como primeira-ministra interina. Ela é a primeira mulher a ocupar o cargo. O presidente do Nepal dissolveu o Parlamento e anunciou novas eleições para março de 2026. A ex-presidente da Suprema Corte do país Sushila Karki foi escolhida como primeira-ministra interina, após uma onda de protestos violentos contra o governo que deixaram pelo menos 51 pessoas mortas e mais de 1300 feridas. A nova premiê substitui K.P. Sharma Oli, que renunciou ao cargo nesta semana.
Karki, de 73 anos, é a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente da Suprema Corte do Nepal.
Os protestos no Nepal tiveram início no começo da semana. No primeiro dia, segunda-feira, confrontos entre manifestantes e forças de segurança em Katmandu ampliaram a mobilização popular. Já na terça, a situação se agravou: prédios públicos como a sede do governo, o Parlamento, a Suprema Corte e residências de ministros foram incendiados por manifestantes.
Em um desses episódios, Rajyalaxmi Chitrakar, mulher do ex-primeiro-ministro do Nepal Jhala Nath Khanal, foi morta após manifestantes incendiarem a residência da família, em Katmandu. O caso foi divulgado inicialmente pelo portal local Khabar Hub.
O que desencadeou a revolta foi a decisão do governo de bloquear o acesso a redes sociais como Facebook, Instagram, YouTube e X. As manifestações, consideradas históricas, são protagonizadas pela Geração Z.
O governo nepalês alegou que a decisão de bloquear as redes sociais foi motivada pela falta de cooperação das plataformas com o sistema judiciário do país. Segundo as autoridades, os serviços estariam permitindo o uso de perfis falsos para disseminar discursos de ódio, fake news, fraudes e outros crimes.