Parece original, mas é golpe: novo trojan transforma apps famosos em espiões

 

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Um novo malware anda causando estrago em dispositivos com Android. Identificado pela iVerify, o software malicioso é um trojan de acesso remoto (RAT) que consegue obter controle total do aparelho a partir da clonagem de aplicativos legítimos da Play Store. Extensão do Chrome "Em Destaque" roubam conversas de usuários com ChatGPT e mais Downloads falsos de Teams e Meet são a nova armadilha para espalhar vírus O trojan, que recebeu o nome de Cellik, vem sendo comercializado por criminosos em fóruns da dark web, oferecendo um leque de ferramentas criadas para comprometer sistemas sob a falsa sensação de legitimidade, fazendo também uma integração completa com a loja oficial de apps do Google. Basta um clique para que os agentes maliciosos incorporem o código corrompido, apostando em uma campanha generalizada e quase imperceptível. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Clone malicioso Assim que a vítima instala o app comprometido acreditando ser o verdadeiro, o Cellik concede ao hacker acesso total ao dispositivo em tempo real. Entre as funcionalidades do malware estão a capacidade de transmitir a tela do aparelho, controlar remotamente a interface, registrar teclas digitadas, interceptar notificações e navegar de maneira oculta na internet. Malware faz clone de apps legítimos no Android para roubar dados (Imagem: Reprodução/We Live Security). Além disso, o software malicioso consegue acessar o sistema de arquivos do aparelho, baixando ou enviando materiais, e até mesmo acessando o diretório de armazenamento em nuvem. Tudo isso sem que o usuário perceba que seus dados estão sendo comprometidos, já que o app clonado se comporta exatamente como o original. Mas não para por aí: o Cellik também usa esse modo de navegação oculta para acessar sites usando os cookies armazenados no browser, o que facilita o roubo das credenciais de logins do usuário. Integração e comercialização O que mais chamou a atenção dos especialistas em relação ao Cellik foi justamente a maneira como o malware se integra à Play Store. Essa habilidade permite que o software malicioso transite por todo o catálogo da loja de apps, selecionando aplicativos legítimos para comprometê-los. Software malicioso faz integração com apps da Play Store (Imagem: Mika Baumeister/Unsplash). É dessa maneira que os hackers conseguem usar um app famoso, como um game do momento, por exemplo, para injetar o código malicioso com o kit de ferramentas disponíveis no pacote comercializado em fóruns clandestinos. Considerando que a operação demonstra a capacidade do malware em burlar sistemas de segurança da Play Store, o Cellik consegue desativar até mesmo o Google Play Protect, ferramenta integrada ao Android que verifica os aplicativos na loja antes do download. Como o trojan está oculto no aplicativo clonado, o recurso de segurança não consegue detectá-lo, passando despercebido por análises periódicas do sistema. Leia também: App legítimo da Play Store é nova arma dos criminosos para limpar sua conta Malware para Android “sequestra” celular e espia vítima pela câmera Trojan manipula posicionamento no Chrome simulando atividade real de usuários Leia a matéria no Canaltech.