OpenAI anuncia Conselho de Especialistas em Bem-Estar e IA formado por 8 pessoas
A OpenAI formou um conselho consultivo de especialistas para monitorar o bem-estar dos usuários e a segurança da IA. O grupo, formado por oito pessoas, terá a tarefa de definir padrões para interações saudáveis com a IA envolvendo todas as faixas etárias de usuários. 1º processo por homicídio culposo envolvendo IA acusa OpenAI em caso de suicídio Lixo eletrônico | Pesquisa revela que mais de 50% da Internet agora é slop de IA Viral no TikTok | Clipes estranhos de músicos e animais estão se tornando virais O anúncio foi feito na última terça-feira (14), mesma data em que o CEO da OpenAI, Sam Altman, fez um longo post no X afirmando que a “empresa conseguiu mitigar com sucesso os graves problemas de saúde mental" causados pelo uso de seus famosos produtos de chatbot. O post repercutiu tanto que ele chegou a reforçar seu pensamento no dia seguinte. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- "Não somos a polícia moral eleita do mundo. Da mesma forma que a sociedade diferencia outros limites apropriados (filmes com classificação indicativa, por exemplo), queremos fazer algo semelhante aqui", completou. Ok this tweet about upcoming changes to ChatGPT blew up on the erotica point much more than I thought it was going to! It was meant to be just one example of us allowing more user freedom for adults. Here is an effort to better communicate it:As we have said earlier, we are… https://t.co/OUVfevokHE — Sam Altman (@sama) October 15, 2025
Altman garantiu que, a partir disso, até dezembro, o ChatGPT passaria a permitir mais conteúdo adulto. A empresa gigante de IA enfrenta atualmente o seu primeiro processo por homicídio culposo, após alegações de que o ChatGPT teve participação no suicídio de um adolescente. De acordo com a empresa, desde o início deste ano, a OpenAi tem feito consultas com muitos destes especialistas de maneira informal, em especial para desenvolver o sistema de controle de pais e como abordar os responsáveis quando um desses adolescentes estiver em sofrimento. “À medida que formalizamos o novo conselho, ampliamos nossa busca para incluir mais especialistas em psicologia, psiquiatria e interação humano-computador, trazendo novas perspectivas sobre como as pessoas se relacionam e são afetadas”, diz o comunicado. “Como os adolescentes usam o ChatGPT de forma diferente dos adultos, também incluímos vários membros do conselho com experiência em como desenvolver tecnologias que apoiem o desenvolvimento saudável dos jovens”, completa. Embora a formação do conselho possa passar uma sensação de que a empresa está terceirizando os problemas, a fornecedora do ChatGPT garante que continua responsável pelas decisões que toma, enquanto aprende mais sobre o assunto e constrói sistemas avançados de IA de maneiras que apoiem o bem-estar das pessoas, potencialize vidas e não o contrário disso. Como o Conselho em Bem-Estar e IA vai trabalhar A OpenAI afirma que as operações do consoleho tiveram início ainda na semana anterior, com uma sessão presencial para que os membros do conselho conhecessem as equipes com as quais trabalharão. Serão realizadas verificações regulares e reuniões recorrentes para explorar tópicos sobre como a IA deve se comportar em situações complexas ou sensíveis e quais tipos de proteções podem ajudar as pessoas que usam o ChatGPT em momentos de crise pessoal. O feedback dessas consultas, por exemplo, moldou o tom das mensagens que a OpenAI pretende usar para que elas se sejam atenciosas e respeitosas tanto para com os adolescentes em situação de vulnerabilidade, quanto para com os familiares desses jovens em risco. “Continuamos ouvindo, aprendendo e compartilhando os resultados deste trabalho”, disseram. Quem são os membros do conselho David Bickham, Ph.D. — Diretor de Pesquisa do Laboratório de Bem-Estar Digital do Hospital Infantil de Boston e Professor Assistente da Faculdade de Medicina de Harvard. Seu trabalho analisa como o uso das mídias sociais por jovens afeta sua saúde mental e desenvolvimento; Mathilde Cerioli, Ph.D. — Diretora Científica da everyone.AI, uma organização sem fins lucrativos que ajuda as pessoas a entender as oportunidades e os riscos da IA para crianças. Com doutorado em Neurociência Cognitiva e mestrado em Psicologia, sua pesquisa se concentra em como a IA interage com o desenvolvimento cognitivo e emocional infantil; Munmun De Choudhury, Ph.D. — Professora JZ Liang de Computação Interativa na Georgia Tech. Ela utiliza abordagens computacionais para compreender melhor o papel das tecnologias online na formação e melhoria da saúde mental; Tracy Dennis-Tiwary, Ph.D. — Professora de Psicologia no Hunter College e cofundadora e CSO da Arcade Therapeutics. Ela cria jogos digitais para saúde mental e explora interações entre tecnologia e bem-estar emocional; Sara Johansen, MD — Professora Assistente Clínica na Universidade Stanford e fundadora da Clínica de Saúde Mental Digital da Universidade. Seu trabalho explora como as plataformas digitais podem contribuir para a saúde mental e o bem-estar; David Mohr, Ph.D. — Professor da Universidade Northwestern e Diretor do Centro de Tecnologias de Intervenção Comportamental. Ele estuda como a tecnologia pode ajudar a prevenir e tratar problemas comuns de saúde mental, como depressão e ansiedade; Andrew K. Przybylski, Ph.D. — Professor de Comportamento Humano e Tecnologia na Universidade de Oxford. Ele estuda como as mídias sociais e os videogames moldam a motivação e o bem-estar; Robert K. Ross, MD — Líder nacional e especialista em filantropia em saúde, saúde pública e iniciativas de saúde comunitária. Iniciou sua carreira como pediatra e foi presidente e CEO do The California Endowment Leia mais: Ser rude em perguntas ao ChatGPT gera respostas mais precisas do que ser educado Novas gerações de modelos de IA da Google tornam robôs mais próximos dos humanos Estado americano quer proibir casamento entre humanos e IAs — e a posse de bens VÍDEO: ChatGPT, Perplexity, Claude ou Gemini? Leia a matéria no Canaltech.