Nova ‘Anna Delvey’? Falsa herdeira de 73 anos entra na lista de mais procurados do FBI acusada de fraude milionária
A ex-produtora de televisão Mary Carole McDonnell, de 73 anos, foi incluída na lista de mais procurados do Federal Bureau of Investigation (FBI), sob acusação de uma fraude bancária milionária.
McDonnell era presidente da Bellum Entertainment LLC, empresa sediada em Burbank, na Califórnia, responsável por séries de true crime como “It Takes a Killer” e “I Married a Murderer”.
Entre julho de 2017 e maio de 2018, conforme documentos judiciais, ela teria se passado por herdeira da antiga fabricante aeronáutica McDonnell Douglas, alegando acesso a um fundo fiduciário de US$ 80 milhões (R$ 438 milhões) para obter empréstimos de instituições financeiras. Só um desses empréstimos seria de US$ 14,7 milhões (R$ 80 milhões).
A ação não teria se limitado a um banco: McDonnell é acusada de enganar várias instituições com esquema semelhante, provocando prejuízo estimado superior a US$ 15 milhões (R$ 82 milhões).
Ela foi indiciada em dezembro de 2018 por crimes de fraude bancária e roubo de identidade. A ex-executiva fugiu e, até dezembro de 2025, não havia sido localizada. Segundo o FBI, ela estaria em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Mary Carol McDonnell na lista de procurados do FBI
FBI
O caso ganhou repercussão internacional pela ironia de que quem produzia documentários sobre crimes, que frequentemente envolvem fraudes, assassinatos e investigações policiais, acabou sendo procurada por um dos principais agentes do mercado financeiro criminal. Internautas também apontaram semelhanças com o caso Anna Delvey, quando uma jovem cujo nome verdadeiro é Anna Sorokin aplicou golpes milionários em bancos, hotéis e socialites de Nova York ao se passar por uma rica empresária alemã. Hoje com 33 anos, Anna está em liberdade condicional após passar três anos presa.
O FBI solicita que qualquer informação relevante sobre o paradeiro de Mary Carole McDonnell seja repassada a escritórios da agência localizados nos Estados Unidos ou por meio de embaixadas e consulados norte-americanos.
