Clubes da Série A do Brasileirão defendem gramado sintético em nota conjunta
Após as declarações do presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, do Flamengo, criticando o gramado sintético, os clubes da Série A do Brasileirão que utilizam o recurso se manifestaram em uma nota oficial conjunta, na manhã desta quinta-feira. As equipes defenderam o uso "dessa tecnologia" e reforçaram que não há qualquer estudo científico conclusivo que comprove aumento de lesões.
Atlético-MG, Palmeiras, Chapecoense e Athletico publicaram a nota em suas redes sociais. Até o momento, Botafogo, que também assinou o posicionamento oficial, não se manifestou.
— Em primeiro lugar, é imprescindível reconhecer que não existe padronização de gramados no Brasil. Ignorar esse fato e direcionar críticas exclusivamente aos gramados sintéticos reduz um debate complexo a uma narrativa simplificada, injusta e tecnicamente equivocada — afirmaram os clubes em um trecho da nota conjunta.
Na última terça-feira, o Flamengo protocolou uma proposta junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para melhoria e padronização dos gramados no país. Um dos pontos apresentados pelo atual campeão brasileiro é o fim dos campos sintéticos, que vão aumentar no Campeonato Brasileiro em 2026.
Nele, o rubro-negro apresentou a proposta chamada "Programa de Avaliação e Monitoramento da Qualidade de Gramados do Futebol Brasileiro", que reúne sugestões voltadas a elevar a qualidade dos campos, aprimorar a prática esportiva e aproximar o futebol nacional da primeira prateleira do esporte mundial.
Com o acesso de Athletico-PR (Arena da Baixada) e Chapecoense (Arena Condá), a elite nacional agora tem 30% dos times mandando jogos em piso artificial, número inédito na competição. Além deles, Palmeiras (Allianz Parque), Botafogo (Nilton Santos) e Atlético-MG (Arena MRV) também utilizam o sistema.
Veja a nota oficial
"Diante das recentes declarações públicas sobre a utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro, Athletico Paranaense, Atlético, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras reafirmam sua posição em defesa dessa tecnologia, adotada de forma responsável, regulamentada e alinhada às melhores práticas internacionais.
Em primeiro lugar, é imprescindível reconhecer que não existe padronização de gramados no Brasil. Ignorar esse fato e direcionar críticas exclusivamente aos gramados sintéticos reduz um debate complexo a uma narrativa simplificada, injusta e tecnicamente equivocada.
Também reiteramos que um gramado sintético de alta performance supera, em diversos aspectos, os campos naturais em más condições presentes em parte significativa dos estádios do país.
É igualmente importante esclarecer que não há qualquer estudo científico conclusivo que comprove aumento de lesões provocado pelos gramados sintéticos modernos.
O tema da qualidade dos gramados é legítimo, saudável e necessário. Porém, deve ser conduzido com responsabilidade, dados objetivos e conhecimento técnico, e não com narrativas que distorcem a realidade, desinformam o público e desconsideram a complexidade do assunto.
Athletico Paranaense - Atlético - Botafogo - Chapecoense - Palmeiras"
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