
'Netanyahu é um problema, mas há problemas muito mais profundos', afirma diretor israelense de filme 'Sim'

A sequência inicial de “Sim”, um dos destaques do Festival do Rio deste ano, pode levar o espectador a pensar que está diante de alguma releitura caótica dos anos 1990, uma história de amor banhada a álcool, drogas e europop, ou uma obra recém-descoberta de Federico Fellini. Mas verdade, este é um filme de guerra. “Sim”, do israelense Nadav Lapid, não mostra os combates em Gaza ou a catástrofe humanitária. O diretor, que causou furor em Cannes, foca nas hipocrisias, nos abismos e nas nuances da sociedade israelense pós-ataques do Hamas, embora a produção tenha começado bem antes de outubro de 2023. O fio condutor é a elaboração de novo hino, cuja letra choca pela violência e pelos pedidos abertos pelo extermínio do povo em Gaza — o que choca mais ainda é saber que a música, uma versão deturpada de um clássico israelense, "Irmandade", existe na vida real. Matéria exclusiva para assinantes. Para ter acesso completo, acesse o link da matéria e faça o seu cadastro.