/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d975fad146a14bbfad9e763717b09688/internal_photos/bs/2025/F/X/MnmXnESMSnZtFLrTL8Wg/celular-pedra.avif)
Mulher recebe azulejo no lugar de iPhone comprado por mais de R$ 8 mil; 'Quando abri a caixa, fiquei em choque'

A cliente afirma que o celular foi ativado antes mesmo da entrega. Uma empreendedora digital de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais, recebeu um pedaço de azulejo no lugar de um iPhone 16 Pro Max de pouco mais de R$ 8 mil comprado pela Amazon. Paula Rosa, de 44 anos, disse que já havia feito diversas compras online, inclusive pela própria Amazon, sem nunca ter enfrentado problemas. Por isso, sentiu-se segura para adquirir o celular, mesmo com o alto valor.
Nas redes sociais, a mulher compartilhou imagens da encomenda pouco após o recebimento e relatou a surpresa ao perceber que o aparelho não estava na embalagem.
“Comprei um iPhone na Amazon e isso aqui foi o que eu recebi. Uma pedra! Isso mesmo, vocês estão vendo: uma pedra. Estou muito nervosa. Quando abri a caixa e vi isso, fiquei em choque. Achei que a empresa fosse me ajudar, mandando outro aparelho ou me reembolsando.”
Paula contou que consultou o número de série do iPhone e descobriu que o dispositivo já havia sido ativado. Esse número é um código único que identifica cada produto, permitindo verificar sua autenticidade e procedência. A data de ativação indica quando o aparelho foi ligado e configurado pela primeira vez.
Diante da situação, Paula entrou em contato com a Amazon para pedir ajuda, mas recebeu uma resposta negativa. Segundo ela, a empresa informou que não fará o reembolso.
“Acionei o suporte da Amazon e, no início, chegaram a falar em reembolso. Mas hoje recebi um e-mail dizendo que não vão mandar outro celular e nem devolver o dinheiro, porque, segundo eles, quando o pedido saiu do centro de distribuição, o aparelho estava na caixa. Essa foi a justificativa. Disseram ainda que não vão mais responder meus e-mails sobre o caso e que, se eu quiser, que procure a Justiça, porque aí vão falar com o meu advogado.”
A mulher registrou um boletim de ocorrência na Polícia Militar e acionou o Procon em busca de seus direitos.
O que diz o código de defesa do consumidor
O advogado especialista em direito ao consumidor, Gabriel de Britto Silva, explica que a responsabilidade de entrega é do fornecedor. Ele ainda ressalta que o caso pode ser alvo de ação judicial.
“O fornecedor tem obrigação de entregar o produto ao consumidor e responde por qualquer adversidade nesse processo, inclusive em relação à transportadora. O consumidor tem o direito de receber o valor pago pelo produto não entregue ou exigir o cumprimento da oferta. Além disso, é possível pleitear judicialmente indenização por danos morais pelo ocorrido.”
Procurada pela CBN, a Amazon informou que está apurando internamente o ocorrido e que em breve dará um posicionamento oficial.