Líderes de Israel, EUA e negociadores do Hamas se reúnem nesta segunda-feira para debater cessar-fogo

 

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Em São Paulo, um ato pró-Palestina pediu o fim da guerra, enquanto a comunidade judaica inaugurou um memorial em homenagem às vítimas dos atentados de 7 de outubro. O governo do Egito recebe a partir desta segunda-feira negociadores israelenses e do Hamas pra debater os detalhes e as condições para um acordo de cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos.

O Hamas aceitou libertar os reféns israelenses, mas pontos da proposta como o desarmamento do grupo terrorista permanecem em aberto.

Neste domingo, o presidente americano Donald Trump classificou o acordo como ótimo para Israel, países árabes e o mundo.

Questionado sobre a flexiblidade em relação ao plano do Hamas, o americano sinalizou que a proposta deve ter poucas mudanças:

“Temos muito pouca. Não precisamos de flexibilidade porque praticamente todos concordam com ele, mas sempre haverá algumas mudanças. Mas o plano em relação ao Hamas, eu lhes digo, é incrível. Teremos paz, se vocês pensarem bem, paz no Oriente Médio pela primeira vez em, dizem, três mil anos. Estou muito honrado em ser parte importante disso. Vejam, eles lutam por um plano há anos. E vamos recuperar os reféns quase imediatamente.”

Um porta-voz do governo de Israel disse que ainda não há cessar-fogo em Gaza, e que somente alguns bombardeios foram interrompidos. O que contraria um pedido do aliado Donald Trump, que na sexta-feira pediu para que Israel interrompesse os bombardeios imediatamente após o Hamas anunciar que concordou com a proposta para a libertação dos reféns.

Os ataques mataram ao menos 36 palestinos desde a pressão feita por Trump. Um ataque a uma casa na Cidade de Gaza matou 18 pessoas, entre elas crianças.

No fim de semana, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que espera anunciar a libertação dos reféns nos próximos dias.

Houve protestos na capital Tel Aviv pela libertação dos reféns.

Parentes dos sequestrados pelo Hamas montaram uma tenda em frente à casa de Netahyahu em Jerusalém.

Em São Paulo, dois atos distintos aconteceram neste domingo, às vésperas dos ataques terroristas de 7 de outubro completarem dois anos. A comunidade judaica inaugurou um memorial em homenagem às vítimas dos atentados.

Rafael Zimerman sobreviveu ao ataque. E disse enxergar com otimismo o avanço nas negociações por um cessar-fogo.

Na Avenida Paulista, movimentos sociais estenderam uma bandeira gigante da Palestina, num ato que teve como objetivo pressionar pelo fim da guerra na Faixa de Gaza e contra o governo israelense, que interceptou os barcos da flotilha internacional com ativistas que levavam ajuda humanitária.

Membro da Frente Palestina de São Paulo, Carolina Ucha disse que o ato também buscou pressionar o governo brasileiro por um posicionamento.

O Itamaraty declarou que acompanha com atenção as discussões por um acordo de cessar-fogo e reafirmou a convicção de que o único caminho para a paz é a "implementação de dois Estados".