Laudo aponta que advogado Luiz Fernando Pacheco morreu de traumatismo craniano e descarta ingestão de metanol

 

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Um laudo preliminar descartou intoxicação por metanol como fator contribuinte para a morte do advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco, encontrado morto em uma rua de Higienópolis, em São Paulo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, Pacheco morreu de traumatismo cranioencefálico causado pela queda provocada pelo soco desferido por um ladrão de celulares.

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Conforme antecipado pela TV Globo e confirmado por O GLOBO, os exames apontam que o traumatismo foi causado pelo impacto da cabeça na calçada da rua Itambé. Lucas Brás dos Santos, e a namorada, foram presos e são acusados do crime de latrocínio. Outro suspeito também segue preso e diligências prosseguem para a conclusão do inquérito policial.

O caso gerou muita especulação, pois, na noite em que desapareceu, Luiz Fernando Pacheco havia mandado uma mensagem para o grupo de WhatsApp do Prerrogativas, coletivo de advogados do qual fazia parte, na qual dizia ter “bebido metanol”.

Amigos avaliaram como uma brincadeira, e as investigações seguiram a trilha de um latrocínio. Pelo WhatsApp, às 0h03, o advogado escreveu que tinha bebido em um bar e se sentia mal, segundo apurou o GLOBO. Três minutos depois, ele apagou o texto e enviou: “Desculpe os erros, tomei metanol”. Pouco depois, às 0h50, a testemunha informou à polícia ter achado o corpo.

Câmeras de segurança em Higienópolis mostram o momento em que o advogado

Imagens de câmeras de segurança mostraram Pacheco sendo abordado e agredido por criminosos momentos antes de ser encontrado desacordado na calçada.No vídeo, o advogado deixa um comércio por volta das 23h27 desta terça-feira (30).

Diferentes ângulos mostram Pacheco mexendo no celular enquanto espera em uma calçada. Em outra imagem, na qual não é possível ver a hora, ele aparece disputando um objeto com um assaltante, enquanto uma mulher observa a ação.

Em seguida, um dos criminosos dá um soco na nuca de Pacheco. Os assaltantes fugiram do local levando o celular, a carteira e o relógio do advogado. Ele, entretanto, ficou deitado na sarjeta e foi socorrido por outra pessoa que passava pelo local.

Luiz Fernando Pacheco, advogado de José Genoino, no julgamento do Mensalão

Agência O Globo / André Coelho

Segundo o boletim de ocorrência, os agentes que chegaram ao local notaram que ele não se movia e acionaram o Samu. Removido ao pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia, perto dali, o advogado morreu por volta da 1h40.

O advogado, sócio-fundador do Prerrogativas, ficou conhecido por atuar na defesa do ex-deputado José Genoíno, do PT, no caso do mensalão. Tanto Genoino quanto o ex-deputado Zé Dirceu (PT) compareceram ao velório do colega na sede da OAB-SP (Centro de São Paulo), no centro de São Paulo.