Japão vive crise sem precedentes com ataques de ursos; governo convoca Exército para conter escalada de mortes
O Japão enfrenta uma das piores crises de ataques de ursos da história recente, com 11 mortos e mais de 100 feridos apenas em 2025. Diante da escalada de incidentes, o governo local convocou as Forças de Autodefesa para apoiar caçadores e equipes de resgate nas regiões mais afetadas, especialmente na província de Akita, no norte do país.
Após ataques de ursos com mortes, governador japonês pede ajuda militar
De acordo com o jornal inglês The Sun, a vítima mais recente foi Kiyo Goto, de 79 anos, encontrada morta na segunda-feira em uma área montanhosa de Akita. A polícia acredita que ela foi atacada enquanto colhia cogumelos, um passatempo comum entre moradores da região. O corpo apresentava graves ferimentos no rosto, típicos de ataques de urso.
A gravidade da situação levou o governador Kenta Suzuki a pedir ajuda militar, afirmando que “o esgotamento no terreno está chegando ao limite”. Segundo ele, caçadores e equipes locais estão sobrecarregados. O ministro da Defesa, Shinjiro Koizumi, confirmou que o Exército prestará apoio logístico, como transporte e descarte dos animais abatidos — embora a legislação japonesa proíba os soldados de caçar diretamente.
Nos últimos meses, os ursos asiáticos têm sido vistos invadindo vilas, fazendas e até supermercados em busca de comida. Em Numata, ao norte de Tóquio, um urso de 1,4 metro atacou dois idosos dentro de um mercado, deixando clientes presos e em pânico.
Casos recentes incluem ataques fatais em Akita, Iwate e Nagano, com vítimas encontradas decapitadas ou mutiladas. A situação é tão extrema que especialistas falam em uma nova geração de “ursos ninja” — mais agressivos e adaptados à presença humana.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a combinação de desmatamento, envelhecimento da população rural e abandono de áreas agrícolas tem levado os ursos a se aproximar cada vez mais dos centros urbanos.
