
Intel anuncia CPUs Panther Lake com litografia 18A e até 50% mais desempenho

A Intel revelou nesta quinta-feira (9) todos os detalhes da nova família de processadores Panther Lake, que deve chegar ao mercado em 2026 equipando uma nova geração de notebooks premium. Fabricados na litografia Intel 18A e equipados com arquiteturas de núcleos totalmente reformuladas, os novos chips prometem até 50% mais desempenho gráfico e 30% mais eficiência energética em comparação às gerações anteriores. 5 processadores mais icônicos e populares da Intel Você sabia que Intel e AMD já foram parceiras? Conheça o projeto "Kaby Lake-G" A família Panther Lake é uma evolução estratégica para o Time Azul, combinando o que há de melhor nos processadores Lunar Lake e Arrow Lake. Enquanto herda a eficiência energética dos Lunar Lake, ela incorpora a escalabilidade de desempenho dos Arrow Lake, resultando em processadores capazes de atender desde notebooks ultrafinos até workstations móveis de altíssimo desempenho. A nova geração introduz mudanças arquiteturais violentas, com destaque para as microarquiteturas de núcleos Cougar Cove (P-cores) e Darkmont (E-cores), além da primeira implementação em produtos de consumo dos transistores RibbonFET e da tecnologia PowerVia. Outro marco importante é a GPU integrada Xe3 em tile dedicado, uma abordagem modular que permite configurações com até 12 núcleos gráficos e 120 TOPS de performance em IA. -Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.- Panther Lake estreia litografia Intel 18A A Intel 18A é um marco na trajetória tecnológica da companhia, sendo o primeiro processo de fabricação a implementar simultaneamente os transistores RibbonFET e a tecnologia PowerVia em produtos de consumo. Essa litografia utiliza gate-all-around (GAA) com estruturas 3D que oferecem controle superior sobre o canal do transistor, resultando em 25% menos consumo energético e 15% mais performance por watt em comparação ao processo Intel 3. RibbonFET aprimora o controle sobre o canal do transistor, reduzindo o consumo energético em até 25% (Imagem: Reprodução/Intel) O PowerVia, tecnologia exclusiva da Intel, muda completamente a forma como a energia chega aos transistores, mover as conexões de alimentação para a parte traseira do chip. Essa inovação libera espaço na parte frontal para mais interconexões de sinal, aumentando a densidade de transistores em 30% e reduzindo a queda de tensão (IR drop) em até 30%. Na prática, isso se traduz em mais estabilidade de frequência e mais eficiência energética, fatores cruciais para o desempenho dos Panther Lake. Estrategicamente, a Intel 18A é um ponto de virada para a companhia após as dificuldades enfrentadas com gerações anteriores. Fabricada integralmente nos Estados Unidos, nas instalações de Chandler (Arizona) e Hillsboro (Oregon), a litografia reforça a independência tecnológica estadunidense e posiciona a Intel como um player relevante no mercado de fundição. Com produção em volume iniciada no quarto trimestre de 2025, os Panther Lake serão os primeiros processadores comerciais a demonstrar a viabilidade técnica e comercial dessa nova abordagem de fabricação. Tecnologia exclusiva da Intel, PowerVia fornece energia ao transistor pela parte inferior, permitindo aumentar a desindade em até 30% (Imagem: Reprodução/Intel) Arquitetura renovada garante até 50% mais desempenho A revolução arquitetural dos Panther Lake começa com as microarquiteturas de núcleos completamente redesenhadas. Os P-cores Cougar Cove evoluem dos Lion Cove presentes nos Lunar Lake, incorporando melhorias substanciais de IPC (instruções por ciclo) e eficiência energética. A principal inovação está na desambiguação de memória aprimorada, que permite ao processador prever com maior precisão quando loads e stores estão conectados, resultando em execução mais rápida e confiável das instruções. O subsistema de cache recebeu atenção especial, com até 18 MB de cache L3 compartilhado (50% mais que os Lion Cove) e TLBs (Translation Lookaside Buffers) expandidos em 1,5x. Essas melhorias são importantíssimas para workloads modernos mais complexos, oferecendo menor latência de acesso à memória e mais throughput geral. O branch prediction também foi refinado, incorporando algoritmos mais precisos e estruturas de maior capacidade que reduzem significativamente os pipeline bubbles causados por predições incorretas. Os núcleos Darkmont têm evoluções ainda mais críticas e contundentes em relação aos antecessores Skymont. Eles mantêm as 26 portas de dispatch, mas introduzem melhorias sensíveis no nanocode, expandindo o número de sequências otimizadas que podem ser executadas em paralelo nos três clusters de front-end. Essa tecnologia exclusiva da Intel permite decodificação paralela de instruções complexas sem recorrer ao sequenciador de microcódigo tradicional, reduzindo a latência e aumentando o throughput. Adoção da Intel 18A proporcionou melhorias substanciais aos núcleos de performance Cougar Cove (Imagem: Reprodução/Intel) O cache L2 compartilhado de 4 MB no cluster de eficiência, combinado com 8 MB de cache dedicado ao sistema, cria uma hierarquia de memória otimizada para contenção de workloads leves sem ativar os núcleos de performance. A frequência dinâmica de até 3,5 GHz — possível graças ao rail de energia dedicado — permite que mais tarefas sejam contidas no low-power island, estendendo significativamente a autonomia da bateria. Ambas as arquiteturas implementam prefetching adaptativo baseado em IA, onde algoritmos de machine learning analisam padrões de acesso à memória em tempo real e ajustam a agressividade da pré-busca dinamicamente. Essa tecnologia promete melhor utilização da largura de banda disponível e redução de falhas em buscas feitas no cache. A implementação dos transistores RibbonFET e da tecnologia PowerVia é crucial para os ganhos de performance dos Panther Lake. Os RibbonFET oferecem controle superior do gate através de sua estrutura 3D, permitindo maior densidade de transistores e melhor controle de vazamento. O PowerVia, por sua vez, elimina a competição entre sinais de alimentação e dados pelo mesmo espaço de roteamento, resultando em maior densidade de interconexões e melhor integridade do sinal. Núcleos de eficiência Darkmont trazem otimizações significativas em relação aos Skymont, ampliando a eficiência energética dos Panther Lake (Imagem: Reprodução/Intel) Segundo dados apresentados pela Intel, essas inovações arquiteturais e de processo garantem aos Panther Lake mais de 10% de ganho em single-thread em relação aos Lunar Lake, mais de 50% em performance multithread comparado à mesma geração e impressionantes 30% de redução no consumo energético versus Arrow Lake H em performance similar. A eficiência por watt melhora em mais de 40% em cenários gráficos, demonstrando o sucesso da abordagem híbrida adotada pela Intel. Panther Lake estreia novas GPU e NPU A arquitetura gráfica Xe3 muda completamente a abordagem da Intel para gráficos integrados. Pela primeira vez, a GPU reside em um tile dedicado conectado ao compute tile através de interconectores die-to-die de alta velocidade. Essa separação física permite escalabilidade independente dos recursos gráficos, resultando em duas configurações distintas: uma com 4 Xe cores para notebooks mainstream e outra com 12 Xe cores para dispositivos voltados a gaming e criação de conteúdo. Nova geração de gráficos Intel Xe entregam até 50% mais performance e 40% mais performance por watt (Imagem: Reprodução/Intel) As melhorias de microarquitetura são contundentes. Cada Xe core de terceira geração incorpora oito vector engines de 512 bits e oito XMX engines de 2048 bits, com cache L1 expandido em 33% (de 192KB para 256KB). O sistema de alocação variável de registradores teve um avanço significativo, permitindo utilização mais eficiente dos recursos mais preciosos da GPU. As unidades de ray tracing aprimoradas implementam gerenciamento dinâmico de rays para processamento assíncrono, enquanto as funções fixas gráficas recebem um novo gerenciador URB e suporte a filtragem anisotrópica 2x mais rápida. Os números de performance são impressionantes: até 120 TOPS de performance em IA através dos XMX engines, 50% mais performance gráfica versus Lunar Lake e 40% mais eficiência por watt comparado ao Arrow Lake H. O cache L2 expandido para 16MB (versus 8MB anteriores) reduz entre 17% e 36% o acesso à memória principal em títulos como Cyberpunk 2077 e Black Myth: Wukong. A NPU 5 representa outro salto qualitativo na capacidade de IA dos Panther Lake. Redesenhada com foco em eficiência de área, a nova unidade entrega 40% mais TOPS por área em relação à NPU 4 dos Lunar Lake, mantendo três unidades de processamento neural, mas com arrays MAC duplicados por engine. O suporte nativo a FP8 permite throughput duplicado, enquanto as funções de ativação programáveis através de lookup tables de 256 steps reduzem significativamente a carga nos processadores SHAVE. Redesenhada, NPU 5 entrega até 40% mais TOPS por área em relação à geração anterior (Imagem: Reprodução/Intel) O suporte expandido à memória RAM adiciona flexibilidade crucial para fabricantes. Abandonando a memória integrada no package dos Lunar Lake, os Panther Lake oferecem suporte simultâneo a DDR5 e LPDDR5, com velocidades que alcançam até 9.600 MT/s em LPDDR5 (versus 6.400 MT/s anteriores) e 7.200 MT/s em DDR5. Essa abordagem permite capacidades de até 128GB em DDR5 e 96GB em LPDDR5, oferecendo às fabricantes maior liberdade de design e melhor adequação a diferentes segmentos de mercado. Lineup de CPUs Panther Lake A Intel confirmou três configurações principais para os processadores Panther Lake, cada uma direcionada a segmentos específicos do mercado de notebooks. A configuração básica oferece 8 núcleos (4 P-cores Cougar Cove + 4 LP E-cores Darkmont), 4 Xe cores, suporte a LPDDR5x-6800 e DDR5-6400, além de 12 linhas PCIe (8 Gen4 + 4 Gen5). Essa versão mira notebooks ultrafinos e dispositivos com foco em eficiência energética. A configuração intermediária expande para 16 núcleos (4 P-cores + 8 E-cores + 4 LP E-cores), mantendo os 4 Xe cores, mas elevando o suporte de memória para LPDDR5x-8533 e DDR5-7200. O conjunto de conectividade cresce para 20 linhas PCIe (8 Gen4 + 12 Gen5), adequando-se a notebooks de produtividade e workstations móveis de médio desempenho. A configuração topo de linha mantém os 16 núcleos de CPU e implementa a GPU de 12 Xe cores, suporte exclusivo a LPDDR5x até 9.600 MT/s e 12 linhas PCIe. Esta versão é destinada a notebooks gamer, criação de conteúdo e aplicações que demandam máxima performance gráfica em fatores de forma móveis. Intel apresentou as 3 principais configurações dos Panther Lake, com 8 e 16 núcleos computacionais e 4 e 12 núcleos Xe3 (Imagem: Reprodução/Intel) A Intel ainda não revelou os SKUs que vão compor o lineup dos Panther Lake, com nomenclaturas específicas, clocks de operação e disponibilidade. Essas informações serão apresentadas durante a CES 2026, em janeiro, quando a companhia lançará os novos processadores oficialmente. Intel Panther Lake 8 núcleos 16 núcleos 16 núcleos + 12 Xe3 CPU Até 8 núcleos Até 16 núcleos Até 16 núcleos GPU Até 4 núcleos Xe3 Até 4 núcleos Xe3 Até 12 núcleos Xe3 NPU NPU 5 NPU 5 NPU 5 IPU IPU 7.5 IPU 7.5 IPU 7.5 Memória LPDDR5x-6800DDR5-6400 LPDDR5x-8533DDR5-7200 LPDDR5x-9600 I/O 12 linhas PCIe(8 Gen4 + 4 Gen5) 20 linhas PCIe(8 Gen4 + 12 Gen5) 12 linhas PCIe(8 Gen4 + 4 Gen5) Conectividade Intel Wi-Fi 7, Intel Bluetooth Core 6, Thunderbolt 4 e 5 Intel Wi-Fi 7, Intel Bluetooth Core 6, Thunderbolt 4 e 5 Intel Wi-Fi 7, Intel Bluetooth Core 6, Thunderbolt 4 e 5 Panther Lake é grande promessa da Intel para 2026 Os processadores Panther Lake são um marco de recuperação para a Intel após as dificuldades enfrentadas com a família Core Ultra 200 (Arrow Lake-S), que decepcionou em performance gaming e eficiência energética. A litografia Intel 18A não demonstra a viabilidade técnica das inovações da companhia e reafirma sua independência tecnológica em um momento-chave para a indústria de semicondutores. A combinação de transistores RibbonFET, tecnologia PowerVia e arquiteturas de núcleos renovadas resulta em ganhos substanciais que vão além de incrementos geracionais típicos. Até 50% mais performance multithread, 30% mais eficiência energética e 40% mais TOPS por área na NPU são saltos qualitativos inegáveis e que posicionam os Panther Lake como competidores diretos dos melhores processadores móveis do mercado. Intel Panther Lake (Reprodução/Intel) Intel Panther Lake (Reprodução/Intel) Intel Panther Lake (Reprodução/Intel) Intel Panther Lake (Reprodução/Intel) Intel Panther Lake (Reprodução/Intel) Intel Panther Lake (Reprodução/Intel) Intel Panther Lake (Reprodução/Intel) Intel Panther Lake (Reprodução/Intel) A abordagem modular com tiles separados para CPU e GPU, aliada ao suporte flexível à memória, oferece às fabricantes parceiras maior liberdade de design e possibilita produtos mais adequados a diferentes segmentos. Com lançamento marcado para a CES 2026, em janeiro, os Panther Lake chegam em um momento decisivo, quando o mercado de AI PCs está em plena expansão e a demanda por performance local de IA cresce exponencialmente. Para a Intel, esses processadores representam um renascimento técnico que pode reposicionar a companhia na liderança da inovação em processadores móveis. Leia mais no Canaltech Quando vale a pena comprar um processador Intel Core i5? Quando vale a pena comprar um processador Intel Core i9? Nova patente da Intel revela tecnologia que funde núcleos para formar um maior Leia a matéria no Canaltech.